Por Rany Veloso
Em Brasília, após reunião com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, anunciou que foi assinado, na noite desta quarta (29), um termo entre governos do estado e federal para o início dos estudos de concessão através de Parceria Público Privada (PPP) dos perímetros irrigados dos Tabuleiros Litorâneos e Platôs de Guadalupe, obras administradas pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), instituição vinculada ao MIDR.
O Consórcio Irrigação já selecionado por meio de concorrência pública (um tipo de licitação) e terá prazo de seis meses para conclusão do serviço.
As obras se arrastam por décadas e são necessários R$ 396 milhões para a conclusão. A expectativa é gerar 47 mil empregos diretos e indiretos e beneficiar 200 mil pessoas.
"São décadas aguardando a solução para os Tabuleiros Litorâneos e para o Platô de Guadalupe. E agora, com a assinatura que o ministro fez hoje com nosso testemunho, vai ser feita a PPP para conceder o perímetro irrigado do Tabuleiros e do Platô de Guadalupe para a iniciativa privada, como já aconteceu numa região importante da Bahia, e nos faz crer que esse estudo vai viabilizar uma concessão que fica em pé e vai viabilizar esses dois grandes empreendimentos que vão gerar dezenas de milhares de empregos nesses perímetros irrigados", explicou Fonteles.
SOBRE AS OBRAS
O Perímetro Irrigado Platô de Guadalupe está instalado no município de Guadalupe. A primeira etapa do projeto já foi implementada, com quase 3,2 mil hectares. Outros 11.761 hectares da segunda etapa ainda serão colocados em operação. A previsão é que o empreendimento possa gerar 30 mil empregos e beneficiar 120 mil pessoas.
Os principais cultivos são banana e goiaba, que representam, juntos, 81% da produção. O investimento previsto em infraestrutura é de R$ 256 milhões.
Já o Perímetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos localiza-se nos municípios de Parnaíba e Buriti dos Lopes, com potencial para gerar 17 mil empregos e beneficiar 72 mil pessoas. Atualmente, 2,4 mil hectares estão em operação. O perímetro é irrigado pelas águas do Rio Parnaíba, por meio de um canal de 1,3 mil metros de extensão.
O destaque da produção são frutas orgânicas para exportação para Europa e América do Norte, como caju, goiaba, acerola, coco verde, limão, manga e banana, além de hortaliças para o mercado local. Os investimentos previstos em infraestrutura são de R$ 140 milhões.