Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

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Merlong Solano diz que chamar PF à Câmara foi estratégia de Arthur Lira

Deputado vê ato como parte de manobra política do presidente da Câmara para aprovar a PEC

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Por Rany Veloso

Merlong Solano (PT-PI), em entrevista ao blog, disse que há uma tendência a uma ditadura legislativa por frequentes desrespeitos do presidente Arthur Lira (PP-AL) às regras da Câmara.  "Ele fez tudo para aprovar a PEC, inclusive desrespeitando o regimento interno", dispara.

Para o petista, suspender a votação da PEC das Bondades em ano eleitoral na noite desta terça-feira (12) foi uma estratégia com medo de uma derrota. "Suspendeu a sessão quando viu que não tinha voto suficiente para manter estado de emergência", considera.

De acordo com o Merlong, não "custou nada" a Lira chamar a Polícia Federal. "Faz parte do jogo. O infoleg (sistema da Câmara) não tava funcionando, a internet estava com problema, precisava de uma boa desculpa. O que custa o presidente da Casa chamar a Polícia Federal? Nada! Agora a Polícia vai ter independência para depois dizer se foi problema geral na internet ou se foi alguém que interferiu no Infoleg".

Para suspender a sessão, Lira alegou falha no sistema de votação e chamou a Polícia Federal para saber se a interferência foi proposital ou não. Até o momento, a informação repassada é que um cabo um servidor de internet de fibra óptica teria se rompido.

MANOBRA POLÍTICA

Para manter o alto quórum e aprovar a PEC, Lira usou o mesmo painel de presença de ontem, permitindo registrar presença no plenário online, o que é proibido de terça a quinta. 

OPOSIÇÃO TENTAR RETIRAR "ESTADO DE EMERGÊNCIA" DA PEC

Segundo Merlong, não precisava aprovar o estado de emergência para concessão de benefícios sociais. "Bastava furar o teto de gastos, mas eles querem o estado de emergência'", explica.

PEC TEM PRAZO DE VALIDADE PARA BENEFÍCIOS

"É um vale tudo que está acontecendo aqui para aprovar uma PEC que só tem beenfícios até dezembro, quando a vida do povo continuará com dificuldade depois de dezembro. O que queremos são políticas permanentes de socorro aos mais pobres e de geração de emprego", defende.

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