Por Rany Veloso
Está prevista para amanhã (07) na Comissão Especial da Câmara a votação da PEC das Bondades em ano eleitoral. A oposição, apesar de tentar obstruir a votação, deve votar a favor por causa da crise de fome no Brasil e do discurso negativo que pode repercurtir sobre quem vota contra o aumento do Auxílio-Brasil e vale-gás. É o caso do deputado Merlong Solano (PT-PI) que faz alertas.
De acordo com o deputado, "o dinheiro vai entrar por um bolso e sair pelo outro", isso por causa do aumento do dólar em relação ao real, juros e inflação após a aprovação da PEC.
A outra gravidade apontada por ele é que com o cheque em branco embutido na proposta, Bolsonaro cria um precedente para os próximos presidentes e vai poder gastar com o que quiser em ano eleitoral.
"É gravíssimo para a democracia. A cada eleição, um presidente que tiver maioria pode trazer uma série de benesses, que mesmo tendo alto custo e sendo temporárias, como é este caso. O Bolsonaro está tentando comprar o povo brasileiro e isso para democracia é uma coisa muito negativa", dispara.
Com a aprovação da PEC, o governo poderá gastar cerca de R$ 42 milhões para aumentar os valores do Auxílio-Brasil, vale-gás e criar os auxílios caminhoneiro e taxista até dezembro deste ano.
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi as redes sociais para dizer que o PT quer adiar votação por politicagem.