Por Rany Veloso
Após reunião com Arthur Lira, presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI) admitiu, em entrevista exclusiva ao blog, que irá fazer mudanças na PEC da Transição ou do Bolsa Família. Uma delas é sobre o tempo que o programa social no valor de R$ 600 para cada beneficiário vai ficar fora do teto de gastos (regra fiscal que limita os gastos públicos). Ao invés de 4 anos , como foi apresentado, Castro já trabalha em um acordo para 2.
"Dificilmente os senadores aprovariam essa exclusão do teto de gastos do Bolsa Família pelo prazo que foi solicitado na PEC que apresentei de 4 anos. Portanto, fizemos um entendimento de que haverá um substitutivo feito pelo relator da PEC para a excepcionalização ser de dois anos", ressaltou.
A expectativa é de votação nesta terça-feira, 6, na Comissão e Constituiçao de Justiça (CCJ), e na quarta-feira, 7, no plenário do Senado.
Ficou acertado também nesta segunda (05), que Alexandre Silvera (PSD-MG), cotado para o Ministério da Infraestrutura, será o relator da PEC. Ele é quem deve apresentar a mudança.
A segunda-feira será de corrida em busca de votos para a aprovação.
"Agora o que nós precisamos é contar os votos. São 49 votos aqui no Senado e 308 na Câmara e não é fácil, porque é uma matéria constitucional", destacou Marcelo Castro.