Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

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Marcelo Castro quer mudança nas eleições no Brasil: “muita corrupção”

O relator do novo Código Eleitoral estuda mudanças mais profundas para alterar o tipo de votação no país

Por Rany Veloso

Marcelo Castro (MDB-PI) começou a preparar o parecer sobre o novo Código Eleitoral do Brasil. A tarde desta terça-feira (09) foi de reuniões com consultores legislativos sobre o projeto. Como a coluna deu em primeira mão, o senador foi escolhido pelo presidente Rodrigo Pacheco como relator da reforma e tem a intenção de aprová-la antes de outubro para que entre em em vigor nas eleições do próximo ano.

À coluna, ele antecipou quais mudanças estão por vir. A priori, no sistema de votação do país, que na visão dele é "muito disfuncional". A justificativa do senador piauiense são os casos de corrupção durante as campanhas eleitorais.

"Tem muita distorção, são campanhas muito caras, tem muita denúncia de corrupção, tem muitos escândalos em função de tudo isso aí.  Acho que precisamos fazer reformas profundas na nossa legislação eleitoral para trazer o Brasil para o campo da normalidade da legislação eleitoral. O mundo inteiro pratica dois sistemas eleitorais. E esses sistemas podem ser puros ou mistos. O Brasil é o único diferente de todo mundo", 

Marcelo Castro não acredita que todos os países democráticos estejam errados e o Brasil esteja certo em relação ao sistema eleitoral. Não é a primeira vez que o senador defende a mudança. Em 2015, quando foi relator da Reforma Eleitoral já havia levado o tema à discussão. "Sempre foi a minha luta que o Brasil tenha uma legislação eleitoral que se aproxime do mundo inteiro", defendeu.

A proposta do senador é o sistema misto, o que englobaria o Distrital Majoritário e o Proporcional de Lista Fechada. Com isso, metade dos deputados federais, que hoje são eleitos pelo sistema Proporcional, seriam eleitos a partir da divisão dos distritos e outra metade pelo próprios partidos, ao invés de votar no candidato em si o voto iria para a legenda.

Outra reunião está marcada para a próxima quinta-feira para dar continuidade à confecção do parecer. 

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