Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

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Marcelo Castro quer CPI dos atos antidemocráticos: quem pagava o churrasco?

O senador quer saber quem estava financiando os acampamentos dos apoiadores do presidente Bolsonaro

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Por Rany Veloso

Após reunião com Lula,  senadores afirmaram que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os Atos Antidemocráticos será criada em fevereiro, após o início da nova legislatura, posse dos novos 27 senadores e eleição da presidência do Senado. O senador do Piauí presente no encontro, Marcelo Castro (MDB), afirmou ao blog que eles querem saber quem estava pagando churrasco para os acampados em frente aos quartéis do Exército. "Acredito que a CPI será instalada e vai expor não só os que fizeram o dano, que foram para a linha de frente, como os que financiaram, esses acampamentos estão há quantos meses aí?", questiona.

"NÃO TÁ CHOVENDO CHURRASCO PRA NINGUÉM" 

"Tem declaração dos acampados que foram presos dizendo que não faltava comida, não faltava bebida, não faltava churrasco a todo dia a toda hora. Isso não cai do céu, não tá chovendo churrasco pra ninguém. Evidentemente que tinha alguém financiando, alguém levando essa alimentação, levando água, levando comida, banheiro químico e tudo mais. ", concluiu.

O senador acredita que a Comissão pode ajudar inclusive na responsabilização dos culpados pelos atos de invasão e depredação das sedes dos poderes no último domingo. "Então o rigor da lei tem que identificar o que fez, o que mandou, o que incentivou e o que financiou. Todos têm que ser responsabilizados e irem para as barras dos tribunais".

INSTALAÇÃO DE UMA CPI

Para iniciar uma investigação em Comissão Parlamentar de Inquérito é preciso ter no mínimo 27 assinaturas dos 81 senadores, fato determinante e orçamento do Senado.

Rodrigo Pacheco já afirmou que tem o fato, mas apenas o próximo presidente do Senado pode instalar uma CPI. A nova legislatura começa no dia 1º de fevereiro, quando ocorre uma nova eleiçao para a presidência da casa, mas já é dada como certa a reeleição de Pacheco, após acordo com partidos como PT, PSD e União Brasil. 

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