Por Rany Veloso
O Senador Marcelo Castro foi eleito nesta quarta-feira (10), no Congresso Nacional, vice-presidente da Comissão Mista que analisa a Medida Provisória do Mais Médicos. O programa que passou por alterações no governo Bolsonaro foi reformulado no Lula 3 e tem como objetivo ampliar o atendimento nos lugares mais distantes do país. "Muito orgulho de estar trabalhando para trazer de volta o programa para atender a população das regiões mais carentes, abandonadas e distantes do país, que precisam de saúde, mas infelizmente até agora não tem", disse o parlamentar.
Castro já foi ministro da Saúde no governo Dilma Roussef e naquela época já enfrentava críticas, mas afirma que foi uma das melhores experiências da gestão.
"Muito me honrou. Fui ministro da Saúde e naquela época havia um grande questionamento sobre o programa Mais Médicos. Posso atestar aqui com a experiência que tenho: foi um dos programas mais bem sucedidos. Levou médicos, saúde para os rincões do Brasil, que se tinha inúmeras cidades do Brasil que nunca tinham visto um médico na vida, que nunca tinha residido médicos nessas cidades e nós tivemos com o programa praticamente 100% da população atendida", defendeu.
Nos governos Dilma Rousseff, o Mais Médicos ficou conhecido por ter contratado um grande número de profissionais de saúde estrangeiros, principalmente cubanos, em razão de uma parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas).
MEDIDA PROVISÓRIA N° 1165, DE 2023
A Comissão Mista tem como objetivo discutir e emitir parecer sobre a medida provisória no 1165, editada em 21 de março de 2023, que institui a estratégia nacional de formação de especialistas para a saúde, no âmbito do programa mais médicos, e altera a lei no 12.871, de 22 de outubro de 2013.
De acordo com o texto, serão ofertadas 15 mil vagas a médicos em todo o Brasil para atendimento aos lugares mais remotos. A prioridade será dada aos profissionais formados no país, caso não seja possível, os brasileiros formados no exterior e em último caso, médicos estrangeiros.