Por Rany Veloso
O governo não está esperando os depoimentos dos ex-ministros da Saúde de braços cruzados, uma força-tarefa foi montada com integrantes da Secretaria-Geral, Casa Civil e Advocacia-Geral da União (AGU) para treinar o general Eduardo Pazuello e acompanhar os trabalhos da comissão. Os senadores querem "matar no cansaço" o ex-ministro, que presta depoimento na quarta (05), para que ele dê alguma declaração pertinente. Os questionamentos irão desde o tratamento precoce, protocolo da Cloroquina assinado por ele até o agravamento da crise em Manaus com a falta de oxigênio.
Fora isso, o temor do Planalto é uma acareação entre o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wanjgarten, e o presidente da Pfizer, que havia oferecido 70 milhões de doses ainda em julho do ano passado para o Brasil, mas segundo o ex-secretário por "incompetência e ineficiência" o Minstério da Saúde não negociou.
Amanhã (04), os depoimentos começam a partir das 10 horas com Luiz Mandetta e Nelson Teich. Eles devem falar em ordem cronológica sobre as medidas tomadas pela pasta, se poderiam conter o vírus com outras medidas que de repente foram dificultadas pelo governo. Não são esperadas novas declarações, porque senão eles poderiam se comprometer com a omissão, mas nitidamente Mandetta saiu do governo com um adversário, Bolsonaro, e seria uma opção em 2022 como candidato a presidência. Já com Teich, os senadores devem focar por qual motivo ele deixou o governo, se realmente foi por não ter assinado o protocolo da Cloroquina.