Por Rany Veloso
Lula durante reunião hoje (14), no Palácio do Planalto, com líderes do governo no Congresso tratou da série de propostas e projetos que a Câmara aprovou na semana passada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para diminuir os poderes dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Para o governo, o Congresso deveria cuidar de outros assuntos de interesse público ao invés de realizar uma ofensiva ao Supremo.
O ministro Alexandre Padilha disse em entrevista que governo tem outras prioridades, mas a PEC aprovada no Senado no ano passado que atinge ministros da Suprema Corte proibindo decisões individuais também tem apoio de parlamentares do PT.
"De melhoria salarial das famílias, de saúde das contas públicas, pra nós, essa é a prioridade absoluta. Nós achamos que qualquer outra proposta, qualquer outro tema, nesse momento, não deveria ser prioridade do Congresso Nacional, inclusive qualquer conjunto de medidas que, na prática, possam ser vistas, né, ou atitudes tomadas sobre uma espécie de retaliação à postura da Suprema Corte sobre qualquer tema", disse o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.
Além de querer barrar o avanço do pacote anti-STF, o governo tem como prioridade as pautas econômicas. Só faltam dois meses e poucos dias para o recesso parlamentar e muitas matérias importantes para Lula podem ser votadas, como a Reforma Tributária, regulamentação do Mercado de Carbono e a lei orçamentária anual.
"Então, nós defendemos, vamos continuar defendendo enquanto liderança de governo, enquanto Ministério das Relações Institucionais, tanto na Câmara quanto no Senado, que a pauta da Câmara do Senado esteja prioritariamente focada na reforma tributária, nas medidas que sustentam o crescimento".
Na Câmara, apesar de Arthur Lira falar aos seus aliados que das pautas do pacote anti-STF só uma deve prosperar, a que proíbe decisões individuais (monocráticas), a direita e o centrão pressionam o presidente da Casa tendo em vista a eleição da Câmara para negociar em troca de apoio. Lira quer emplacar seu sucessor.