Por Rany Veloso
O senador Ciro Nogueira (PP), que agora faz oposição ao governador Wellington Dias (PT), após o rompimento político na semana passada, fez um post nesta terça-feira (11) no Twitter no qual detalha o uso o Fundo de Desenvolvimento de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) pelo governo do estado. Ele diz que dos R$ 1,6 bilhão destinado ao Piauí, metade, ou seja, R$ 800 milhões foram empregados em Educação a Distância (EAD), fato que para o senador não condiz com a realidade do Piauí, um estado com um alto número de escolas com uma estrutura física ruim, precisando de reformas. Ele também ressalta que os professores estão sem receber reajuste desde 2018. "Sou levado a crer que a utilização de metade de R$ 1,6 bilhão em educação a distância oferece o risco de o dinheiro se diluir no ar, não produzindo mais que desvios criminosos e mau uso do dinheiro público", afirma o senador.
Outro valor que o parlamentar cita é o de R$ 72 milhões à Fundação Getúlio Vargas, o que representa, de acordo com sua análise, um baque nas finanças estaduais, "já bastante combalidas por uma gerência temerária e ruinosa", pontua.
Ciro Nogueira diz que vai pedir atenção especial neste caso ao Tribual de Contas, Assembleia Legislativa e Ministério Público, segundo o senador "para que se evitem aventuras e gastanças desenfreadas e obscuras com os recursos do Fundeb".
No post extenso, Ciro termina afimando que vai se habilitar no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, impetrada pelo governador, que pede à Corte o direito de gastar o fundo em área diversa à educação. "Coisa que, claro, nós não concordamos", finaliza.