Por Rany Veloso
Em entrevista à coluna, o deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI), eleito presidente da CPI das Apostas de Futebol, falou no que pode dar concretamente os trabalhos da comissão, que vai apurar um suposto esquema criminoso envolvendo apostas em partidas de futebol.
Arcoverde "não quer pizza", termo popularmente usado para resumir o resultado de uma CPI. O deputado falou em expulsar definitivamente jogadores e outros denunciados do esporte e em projeto de lei para regulamentar o ramo lucrativo.
"Próxima semana já temos que fazer alguns pedidos, de processo do Ministério Público de Goiás, e já vamos em cima desse fato concreto, cumprindo todas as normas, afastamento dos atletas e chegando até banir esses atletas, presidente de clubes ou de associações, de vez do futebol brasileiro", enfatizou.
A ideia é também destinar uma parte do valor das apostas para os clubes fazerem investimentos na base. "Além da gente punir os responsáveis, entidade e jogadores, a gente tem que oferecer à sociedade, dentro da CPI, alguma proposta de regulamentação dos jogos (...) Até fazendo com que clubes de menor expressão, vou até citar meu River, o time de Parnaíba, o Corisabbá, que são usados nessas apostas e não recebem nenhum benefício por conta das apostas", defendeu.
CPI DAS APOSTAS DO FUTEBOL
A CPI atuará no trabalho de investigação contra um suposto esquema de interferência em partidas de futebol para manipular resultados de apostas. A operação Penalidade Máxima encontrou evidências de fraudes em diversos jogos do Brasileirão do ano passado e de campeonatos estaduais desta temporada.
A CPI terá 120 dias, prorrogáveis por mais 60, para investigar essa possível fraude no esporte. De acordo com o parlamentar piauiense, a Comissão será oportuna e surge como um instrumento que facilitará a elucidação desses fatos.