Por Rany Veloso
O senador Eduardo Girão (PODEMOS-CE) está buscando apoio para se eleger presidente da Comissão e apresentou um plano de trabalho alternativo, diferente do que tinha mostrado no início da semana, elaborado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), no qual focava no atraso das vacinas, compra de medicamentos ineficazes e repasse de verbas.
No plano de trabalho que será apresentado por Girão, entre os depoentes está o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, que foi quem deu aos estados e municípios autonomia para decretos com medidas restritivas desde abril do ano passado.
Para o senador, o isolamento social deve ser investigado como medida de combate ao Coronavírus.
No bastidores, esse ponto sugere interferência entre os poderes.
Também está prevista a acareação entre os ex-ministros da Saúde Pazuello e Mandetta.
O plano dá mais ênfase ao repasses federais a estados e municípios, mirando governadores e prefeitos.
Para isso, seria criada uma sub relatoria a fim de examinar a gestão de recursos públicos usados também pelo governo federal.
Os planos de trabalho só serão apresentados e votados na próxima terça-feira, quando ocorrerá a primeira reunião da comissão, e segundo acordo entre os partidos, Omar Aziz (PSD-AM) será eleito como presidente do colegiado e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o relator.
Aziz defende que os convidados ou convocados a dar depoimento à CPI possam optar por fazer de forma remota por causa do risco de contaminação da Covid.
Aziz também já adiantou que “está muito mal explicado" por que o Brasil não comprou 70 milhões de doses da vacina da Pfizer em agosto de 2020, quando o governo federal recusou a oferta da farmacêutica. O lote de 70 milhões de doses seria entregue em dezembro do ano passado.
Na época, o governo não concordava com as condições do laboratório em não se responsabilizar por eventuais efeitos colaterais da vacina.
A fabricante diz que os mesmos termos foram exigidos de outros países que compraram a vacina, como EUA e Reino Unido.