Por Rany Veloso
Após o encontro com o ministro Luís Roberto Barroso, que toma posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 25, parlamentares vão discutir uma proposta de adiamento das eleições municipais, previstas para outubro, em razão da pandemia de Covid-19. Para isso, um grupo de trabalho com senadores e deputados será formado.
Eles querem primeiro discutir o texto com o TSE e só depois votar o adiamento na Câmara e no Senado.
Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, acha que será necessária uma mudança na data do pleito, mas sem prorrogar os mandatos. Barroso também já tinha se manifestado nesse mesmo sentido, de ser contra aumentar o tempo de permanência de prefeitos e vereadores nos cargos.
"Isso será feito por várias mãos, esse caminho, essa saída, para que a democracia saia fortalecida do processo, mas ao mesmo tempo tomando os cuidados necessários para que possamos preservar a vida dos brasileiros", afirma o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre.
GRUPO DE TRABALHO DO TSE
Recentemente, o grupo de trabalho criado pelo TSE para avaliar o impacto da pandemia do novo coronavírus havia concluído que a Justiça Eleitoral tinha condições materiais para a realização das eleições de outubro.
A conclusão foi tomada com base em informações enviadas pelos tribunais regionais eleitorais e setores internos do TSE.
Em junho, as urnas eletrônicas devem ser testadas.
O primeiro turno está marcado, por enquanto, para o dia 4 de outubro. Se necessário, o segundo turno será no dia 25 do mesmo mês.
Cerca de 146 milhões de eleitores estarão aptos a votar para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país.