Por Rany Veloso
Os senadores da Comissão de Educação (CE) do Senado, que até a última sexta-feira (08), tinham 27 assinaturas para protocolar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção sobre o MEC (Ministério da Educação), agora contam apenas com 24, o que inviabiliza o pedido. É necessário, no mínimo, um terço dos 81 senadores.
Mas mesmo sem CPI, por enquanto, o presidente da CE, senador Marcelo Castro (MDB-PI) se manifestou nesta segunda (11) afirmando que com ou sem CPI eles irão adentrar em todas as denúncias. "São tantos fatos graves que evidentemente precisam ser investigados , analisados, esclarecidos, coibidos e evidentemente se tiver culpados que eles sejam denunciados e punidos", dispara.
VEJA VÍDEO:
Além dos pedidos de propina a prefeitos por pastores evangélicos, que seriam favorecidos no atendimento pelo ex-ministro Milton Ribeiro a pedido de Bolsonaro, há denúncias desde o sobrepreço de mais de R$ 700 milhões de ônibus escolares, a compra de kits de robótica a escolas de Alagoas que não têm nem água encanada até o anúncio de 2 mil "escolas fake" no Brasil que seriam construidas com recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), mas que na verdade apenas 3,8% dos R$ 5,9 bilhões foram empenhados em uma gestão que faltam 8 meses para acabar. O que pesa também sobre a denúncia é que há mais de 3.500 obras de escolas ou creches inacabadas ou paralisadas em todo o país, fato que impediria pela Lei de Responsabilidade Fiscal o empenho de outras obras sem terminar as iniciadas.