Por Rany Veloso
A coluna recebeu informação de uma fonte que Ciro Nogueira (PP-PI) teria ido ao Palácio da Alvorada, em Brasília, junto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na semana passada. O Palácio é a residência oficial do presidente da República. Lula teria recebido os dois em clima de aproximação.
Mas nem o senador e nem uma fonte do governo confirmaram o encontro. À coluna Ciro, que é presidente nacional do PP, negou a possibilidade de união com o PT de Lula em 2026 ou qualquer aproximação. E ressaltou: "só quando ele [Lula] deixar a presidência".
Em Brasília, muito se fala na adesão do PP à base do governo. Apesar de ter um ministro no governo Lula, o André Fufuca, dos Esportes, o partido vem atuando na oposição.
INFLUÊNCIA DE LIRA EM ALIANÇA
Essa aproximação se consolidaria a partir do momento em que Lira indicasse ou integrasse o governo Lula assumindo um Ministério. O que não está descartado após fevereiro do ano que vem, quando ele deixa a presidência da Câmara.
A coluna apurou que Lira está reformando mais um gabinete no anexo 1 da Câmara dos deputados, o que é prerrogativa de um ex-presidente da Casa. O anexo em questão é o mais disputado pelos deputados e senadores.
A reforma indica que Lira pode ficar no Congresso e indicar alguém a um ministério, se esse ministério for pequeno. Mas se for grande, como o da Saúde, o próprio pode assumir.
Arthur Lira é o maior interessado, uma vez que dessa forma nem perderá poder, nem cairá no esquecimento e poderá se prepatar para disputar o Senado em 2026 e numa chapa junto com um rival, Renan Calheiros (MDB-AL), que está na base de Lula desde o princípio.
RELEMBRE
Nas últimas semanas, a coluna trouxe posicionamentos importantes, como, o do líder da bancada do Piauí, Florentino Neto (PT-PI), que disse ser importante o governo Lula ter o PP fortalecendo sua base no Congresso e que seria impossível não ter repercussão nas eleições de 2026 no Piauí.
Merlong Solano, também do PT do Piauí, confirmou que há conversas neste sentido.