Por Rany Veloso
Parte da Bancada Federal do Piauí se reuniu na tarde de hoje, em Brasília, com o ministro do Turismo, Celso Sabino, para tentar reverter decisão da Azul de suspender os voos a São Raimundo Nonato e Parnaíba. O deputado Castro Neto (PSD-PI) propôs à Azul que não retirasse todos os voos, deixando ao menos um em cada cidade.
A Azul Linhas Aéreas, que também participou por vídeo, disse que iria pensar sobre.
O governo federal se comprometeu em liberar recursos do Fundo da Aviação Civil para compra de peças para aeronaves paradas, um dos motivos alegados pela companhia.
A diretoria da Azul elencou fatores determinantes para a mudança do planejamento operacional no Piauí, como impactos pela crise global na cadeia de suprimentos, questões de disponibilidade de frota e alta do dólar, e demonstrou expectativa por recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil.
“Em um momento de crise, todo mundo entende, mas que não é justo alguns lugares pagarem 100% da sua localidade, demos a sugestão que Azul poderia tirar um pouquinho da frequência de cada voo que existe no Brasil para que a linha de São Raimundo e Parnaíba continuasse viva, até porque a linha do avião, a frequência, não é só um avião que vai, ela induz o desenvolvimento, gera emprego, gera renda, lá em São Raimundo tem gente que vai, pega o avião em Recife, para fazer negócio, os hotéis abrem lá em São Raimundo, então é muito importante”, sugeriu Castro Neto.
“Em um momento de crise exposto pela companhia, o Piauí não deve sozinho amargar esses prejuízos. Argumentamos que não poderíamos ficar sem as atividades da Azul nestes municípios como forma de estimular o turismo e a economia. Então, a empresa recebeu de forma positiva nossa ideia e ficou de avaliá-la”, completou.
A Azul apresentou outros problemas como justificativa para a decisão, como o dólar alto e a falta de reposição de peças para os aviões que estão em manutenção.
Segundo o ministro piauiense Wellington Dias, a suspensão gerou uma crise para as regiões e ficou acertado que o governo federal se liberaria o Fundo da Aviação Civil para ajudar a Azul comprar peças para 25 aeronaves que estão com problemas.
“E com isso a gente garantir que se tenha a busca de outros caminhos. E o estado, o governo federal, vamos seguir trabalhando para que a gente encontre uma solução”, observou Dias.
A expectativa é que os voos retornem como estão hoje no segundo semestre.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI) apoiou a proposta de não retirar todos os voos. “Suspender tudo isso de uma vez traria um grande transtorno para toda a região. Então, ele se comprometeu de estudar essa proposta. E de no mais rapidamente possível eles darem uma resposta de manutenção pelo menos parcialmente desses voos para até o segundo semestre retomar, quando tiver com todos esses problemas equacionados, retomar os voos normais”.
O deputado Florentino Neto (PT-PI), coordenador da bancada federal do Piauí, disse que a Azul vai manter o voo de Parnaíba para o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, e ao mesmo tempo vai trabalhar pelo voo suspenso, que tem como destino Jericoacoara, no Ceará, que faz parte da Rota das Emoções, junto com o Piauí e Maranhão. A atração é responsável por boa parte do Turismo na região.
“Propondo uma solução para esse momento crítico e também nos comprometemos a trabalhar, o ministro também se comprometeu em trabalhar na solução mais definitiva, que é a liberação desses recursos do Fundo da Aviação Civil para que apresentar esses recursos para compra de equipamentos”.
Participaram também virtualmente, os deputados Júlio César (PSD), Dr Francisco (PT), Jadyel Alencar (Republicanos) e a senadora Jussara Lima (PSD).