Por Rany Veloso
Para a defesa de Moro, o vídeo da reunião interministerial no dia 22 de abril, exibido hoje na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, confirma as acusações do ex-ministro ao presidente Jair Bolsonaro e pede que seja divulgado integralmente alegando que é de "extrema relevância e interesse público".
Quem assistiu disse que Bolsonaro falou da seguinte forma numa tentativa de pressionar Moro: "já tentei trocar o chefe da segurança do Rio de Janeiro, se não posso trocar, troco o chefe dele, troco o ministro". As informações dão conta de que ele teria associado essas mudanças na PF à necessidade de proteger seus familiares.
O presidente da República, assim que soube dessa informação, apareceu na rampa do Palácio do Planalto e falou que as interpretações do que ele falou vai da cabeça de cada um e que em nenhum momento falou "superintendência do Rio de Janeiro e Diretor-Geral da PF", que a sua preocupação depois de ter levado a facada era com a segurança da sua família.
Até o momento o material está em sigilo temporário, determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, o relator sorteado para o caso, que só vai se pronunciar depois que tomar conhecimento do vídeo. Policiais federais fazem a transcriçaõ de todo o conteúdo que tem duração de duas horas. A expectativa é que terminem em 4 dias.