A Academia Ibero-Americana de Gastronomia (AIBG) comemora 15 anos desde a sua fundação, em 2009. Desde a sua criação, foi elaborada com o objetivo de proteger e divulgar o patrimônio gastronômico das diferentes regiões e povos ibero-americanos, bem como a promoção da sua evolução e modernização, promovendo o interesse geral, a cooperação internacional e a solidariedade. Embora no início fossem seis, hoje fazem parte da AIBG 17 Academias Nacionais distribuídas por toda a América Latina. Nos seus 15 anos de vida, a AIBG não cessou os seus esforços para promover uma Nova Gastronomia que dê importância não só à satisfação, mas também à saúde, à solidariedade e à sustentabilidade. Este ano, portanto, é um ano muito significativo para a Academia, um ano para relembrar todas as conquistas alcançadas, a evolução e o desenvolvimento que a gastronomia na América Latina viveu nas últimas décadas. Mas é também uma oportunidade para pensar em projetos futuros e, como já é tradição nesta altura, traçar metas para este novo ano e para os que virão.
Cooperação Ibero-Americana A Comunidade Ibero-Americana é formada por países que partilham fortes laços históricos e culturais, países unidos pelas línguas espanhola e portuguesa, mas também pela língua universal da gastronomia. Para além do seu valor cultural e social, o setor gastronômico representa boa parte da atividade econômica e laboral de qualquer país, tendo um impacto muito significativo na qualidade de vida, na saúde e no ambiente das pessoas. Por isso é importante propor medidas que apoiem o progresso sustentável do setor, buscando a cooperação entre diferentes países.
A AIBG é formada por 17 Academias Nacionais de países ibero-americanos
Manifestos da Nova Gastronomia Em 2022, a Academia Ibero-Americana elaborou um documento com o objetivo de definir as diretrizes que deverão nortear a evolução do setor nos próximos anos. O “Manifesto da Nova Gastronomia do Século XXI”, que reuniu as assinaturas de todos os presidentes das Academias Nacionais, levanta aspectos como o valor das cozinhas tradicionais juntamente com a criatividade dos chefs, a consideração dos quatro elos da cadeia alimentar ou a importância de apoiar uma gastronomia saudável, solidária, sustentável e satisfatória. E para dar seguimento a um dos pontos mais importantes desse documento, o “Manifesto Universal de Gastronomia Sustentável” foi assinado este ano em Sevilha, como uma declaração das 17 academias da AIBG para apoiar uma série de medidas que permitem atingir este objetivo. A AIBG está a transferir os Manifestos para as diferentes instituições nacionais e internacionais, com o objectivo de que elas possam adotar políticas e estratégias alinhadas com as necessidades do setor. Já foi formalmente apresentado ao secretário-geral da Secretaria-Geral Ibero-Americana e ao secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos, bem como ao Ministro da Cultura, Turismo e Desportos da Comunidade de Madrid e ao diretor-geral do Serviço Jurídico da Comissão Europeia. E como notícia mais notável, o Rei Felipe VI receberá em audiência os 17 presidentes, para lhes entregar uma réplica do Manifesto e anunciar algumas das principais atividades que a Academia Ibero-Americana realizará nos próximos meses.
Assinatura do Manifesto Universal de Gastronomia Sustentável na feira Auténtica 2024, em Sevilha
Projetos futuros Entre essas atividades estão as novas Capitalidades que serão apresentadas na Fitur. Da Capital Ibero-americana da Cultura Gastronómica, que todos os anos é atribuída a um destino de um dos países ibero-americanos representados na Academia, à Capital do Café ou da Gastronomia Sustentável, que sucederá às anteriores de Saragoça e Sevilha. Além disso, a Academia levanta a possibilidade de criar um espaço dedicado aos impulsionadores da Nova Gastronomia, constituído por empresas, associações ou diversas entidades que queiram contribuir para a sociedade, promovendo uma gastronomia mais saudável, solidária, sustentável e satisfatória. Este espaço contará com uma rica agenda de atividades que serão realizadas ao longo do ano, e que será permanentemente atualizada. Continuar promovendo a Nova Gastronomia Desta forma, a Academia Ibero-Americana pretende continuar a apoiar os diferentes aspectos que deverão nortear o setor gastronômico nos próximos anos. Por um lado, a Nova Gastronomia dos “4 S’s”. Por outro lado, a importância dos quatro elos da cadeia alimentar: produção, indústria, distribuição e comércio e hotelaria. Além disso, a “cozinha da liberdade”, que transformou os chefs em artistas, autores da sua própria cozinha. Sem abdicar, claro, das cozinhas tradicionais, que fazem parte do nosso mais precioso património cultural.
Fonte: Rafael Ansón, Academia Gastronomia Iberoamericana
Carregue mais
Veja Também
{{#news_items}}
{{/news_items}}
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.