Exclusivo Sem leis para enfrentar o neonazismo, Brasil tem crescimento de grupos

Conselho Nacional de Direitos Humanos prepara relatório que identifica e analisa forma de atuação dos grupos, principalmente entre jovens

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Células neonazistas estão disseminando conteúdo através da internet, impactando os campos da Educação e Cultura, tendo os  jovens são os principais alvos. A afirmação foi feita pelo advogado Carlos Nicodemos Oliveira, conselheiro e relator do Conselho Nacional os Direitos Humanos. No ano em que completa 60 anos de criação do CNDH se debruça sobre a temática e prepara um relatório que será divulgado até o mês de novembro, com a identificação e quantificação dos atos neonazistas no país. "Vamos oferecer indicadores para que as autoridades possam encontrar meios e formar de enfrentamento do tema", diz o conselheiro.

A missão do Conselho adota parâmetros definidos pelas Organização das Nações Unidas. "Há 12 anos, a ONU fala sobre a necessidade de enfrentar o neonazismo, que dialoga com fascismo, com a chamada extrema-direita e nos impõe violacóes de direito que são intoleráveis em tempos civilizatórios". Para entender o alcance do problema no país, a missão já esteve em Santa Catarina e no Rio de Janeiro. Além de coletar os dados, os conselheiros propõem analisar a atuação desses grupos observando aspectos de território, educação,cultura e institucionalidade. " No Brasil, ainda trabalhamos essa temática como a perspectiva histórica, de meados do seculo XX", diz Nicodemos, referindo-se ao nazismo de Adolf Hitler, "a lógica do antissemitismo e importante e sempre deve ser considerada mas há outras dimensões e impactos quando falamos de neonazismo", completa

"Os ataques à grupos específicos, árabes, ciganos, os preconceitos contra a populacao preta, contra  a população LGBTQUIAP+,  são formas de manifestação que refletem o extremismo de grupos organizados, que se conectam até mesmo com outros países. Nicodemos também chama a atenção para a falta de  politica nacional de enfrentamento ao nazismo e neonazismo no país. "As instituicoes atuam no varejo, respondendo de forma diversa a cada situa'ào específica que acontece nos estados˜, afirma. "Além disso,

o país tem baixa densidade normativa legal de tratamento a esse tema e me refiro também à questao de criminalizacao e do arcabouço legal", completa.  

O relatório vai identificar e detalhar a atuação dos grupos e suas ramificações em diversos estados brasileiros. "Não é apenas uma questao de exibir suástica, nem de jovens desorientados com saudações nazistas. Estamos tratando de organizacões que ocupam processo de convencimento so  publico jovem, atraves da educacao e cultura, e começam a disseminar e criar ramificações internacionais", garante.  O "diagnostico bastante preocupante", finaliza.



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