PT questiona lealdade de Jacques Wagner por voto com oposição na PEC do STF

O deputado federal Lindberg Farias foi um dos críticos da posição do líder do governo

O líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA) entrou na mira do seu Partido após endossar o  placar elastico da PEC 8/21, aprovada ontem por 52 votos a 18, 3 a mais do que o necessário.  "Chancelar essa manobra oportunista do Pacheco e Alcolumbre que querem fazer média com bolsonaristas é um erro. Parabéns aos senadores do PT e ao líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, que votaram contra esse absurdo" , diz o deputado federal Lindberg Farias (PT-RJ), em publicação na rede X, antigo Twitter. 

A declaração do parlamentar contraria a hipótese de que  voto de Wagner teria sido, na verdade, um aceno do Governo para o Parlamento. Farias é namorado da presidente nacional do PT Gleisi Hoffman. Ela ainda não se manifestou sobre a decisão do líder. Wagner não compareceu à uma reunião da bancada do Partido, realizada esta manhã, com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.

Farias, no entanto, foi incisivo na crítica: " no momento em que o bolsonarismo ataca o STF por causa do julgamento da tentativa de golpe de 8 de Janeiro e pelo medo da prisão de Jair Bolsonaro pelo próprio Supremo", completou.

Atualização

Nesta tarde, diante da reação ao voto, o líder do governo assumiu a responsabilidade sobre o voto, afirmando ser "fruto de acordo que returou do texto, qualquer possibilidade de interpretação de eventual intervenção do Legislativo".

A PEC aprovada ontem foi apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). O  texto veda a concessão de decisão monocrática que suspenda a eficácia de lei.A medida vale para todos os tribunais superiores. Durante o debate, os enadores decidiram retirar da proposta trecho que estabelecia prazos para os pedidos de vista.

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