Povos originários: realidade do PI mostra eficiência de políticas públicas

As imagens dos yanomamis, em Roraima, e do Mimbó, no Piauí, expõem a diferença entre a inércia e a ação para proteger os povos originários

Fábio Novo,Carlos Anchieta e Kalina Rameiro na entrega do Ateliê | reprodução rede social

A situação de calamidade dos yanomamis, exposta ao mundo a partir das imagens de desnutrição de doenças como malária e verminoses, do abandono de crianças e idosos, não era  novidade para o governo federal, que acompanhou, inerte, o processo que culiminou com a morte de 570 indígenas nos últimos quatro anos. O então presidente Jair Bolsonaro ignorou 21 apelos de socorro de entidades ligadas aos indígenas e decisões do STF que determinavam providências. No mesmo dia em que o presidente Luís Inácio Lula da Silva foi à Roraima e se deparou com o horror, no Piauí, imagens do  Quilombo  Mimbó,  em Amarante,  onde também vivem povos originários traziam uma outra realidade. O governador Rafael Fonteles (PT) escolheu o local para sua primeira viagem ao interior, desde a posse em janeiro, uma promessafeita durante aos quilombolar durante  a campanha eleitoral.

Uma das ações entregues no Mimbó foi a Casa de Cultura e de um ateliê de costura, espaço que será ocupado pelas 30 mulheres que fazem parte do projeto de artesanato que criou a grife do quilombo. A iniciaiva da ex-governadora Regina Sousa, agora à frente da Secretaria de Ação Social e Comunitária (SASC) cria oportunidades de trabalho e fortalece as tradições do povo preto.em 2022, o Quilombo foi o primeiro do pais a receber internet de qualidade, através do Piauí Conectado, uma PPP na área de inclusão digital.

As políticas públicas de preservação dos povos originários e da estruturação e regulamentação do território onde vivem foram intensificadas no último mandato do ex-governador Wellington Dias e na gestão de Regina Sousa ( na foto, a recepção feita à secretária, durante visita ao Mimbó neste sábado)  Além da entrega dos títulos de terra para centenas de moradores de áreas indígenas e comunidades quilombolas, houve avanços na melhoria das condições de vida.

Na pandemia de Covid19, o Piauí priorizou a vacinação nas áreas ocupadas por povos originários.  Ao todo, 25.193 quilombolas receberam  as doses da vacina AstraZeneca/Fiocruz, em uma ação pioneira no país. Somente no Mimbó, 510 pessoas foram imunizadas

Para o deputado estadual Fábio Novo (PT), a coincidência das suas imagens - a situação dos yanonamis, que deveriam estar sob a proteção do governo federal e as ações estaduais no quilombo de 203 anos expóe duas realidades distintas e escancara as diferenças entre os governos . "Em comum os dois momentos exibem a sensibilidade de governos com atenção para os mais pobres, historicamente alijados das políticas públicas e ainda respeito aos primeiros e aos direitos humanos. Por aqui, seguimos de esquerda e avançando no respeito e nas conquistas dos nossos povos originários ", opina.

Já o secretário de governo, Marcelo Nolleto, diz que "a escolha da primeira agenda oficial no interior do Piauí demonstra que o governador é ciente de que, para além da vulnerabilidade econômica, há uma dívida social histórica a ser reparada e que o legado da política social dos  antecessores ( Sousa e Dias) será intensificado. " O governo cuidará de todos os piauienses, mas a prioridade será para aqueles que mais necessitam!"




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