Exclusivo O centrão que odiava mulheres: ministras e deputadas são alvo de opositores

Partidos de direita ameaçam tomar ministérios e punir mulheres que fazem parte da base do governo

O primeiro alvo do apetite voraz dos partidos de direita no Brasil é Daniela Carneiro. A ministra do Turismo pode perder o cargo  por pressão do União Brasil. E ela não está sozinha! O Progresssita, uma espécie de comandante do centrão, já mandou recados ao presidente de que não abre mão do Ministério da Saúde, ocupado pela cientista Nísia Trindade. Atuante desde o primeiro momento no governo, Trindade comandou a linha de frente na emergência sanitária para salvar criaças Yanomami abandonadas na região amazônica e devolveu o protagonismo das campanhas de vacinação ao país, atolado no negacionismo promovido pela gestão de Jair Bolsonaro.

 Para fechar a saga contra a presença feminina, especulações também indicam que grupos deo opsição estariam de olho na pasta dos Esportes, cuja titular é Ana Moser,  ex-alteta e aliada de primeira hora do presidente Lula. Antes de partirem para esta "nova etapa" de negociações com o governo, a Câmara Federal esvaziou atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, limitando as atuações de  Marina Silva e Sônia Guajajara.

Na última quarta-feira, foi a vez do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurar representações contra as deputadas Célia Xakriabá (Psol-MG), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP). Todas as representações foram apresentadas pelo PL que acusa as parlamentares de quebra de decoro parlamentar durante a votação do projeto do marco temporal de terras indígenas no plenário da Câmara. "Assassinos! Assassinos do nosso povo indígena!", gritaram as deputadas ao microfone.

MArisa Silva fooi a primeira a se solidarizar com as colegas deputadas. "Todos os dias mulheres sofrem inúmeras formas de intimidação, na tentativa deslegitimar a liderança que por seus esforços e competências exercem na vida pública", escreveu a ministra em uma publicação nas redes sociais, onde afirmou que o ataque aos mandatos das mulheres é um ataque à Democracia. " São desrespeitadas, intimidadas, e quando não conseguem seus intentos reacionários, machistas, lançam mão de manobras supostamente institucionais com claro objetivo político de usurpar-lhes os espaços que a civilidade e a democracia lhes permite exercer"

Para o sociólgo cienstista político Germano Lúcio Pereira, na política, não existem coincidências. "É simbólico ", define ""Se eu permito que o  Governo estabelece sua agenda, com resultados sociais, eu começo a minar esta agenda, para que esse governo trave, perca representatividade e, assim, eu possa exercer mais força sobre ele", explica. Com o Parlamento fortalecido pela direita, o executivo está enfraquecido. " O Lula assumiu dizendo que iria proteger o Meio Ambiente, então, eu começo a minar o símbolo, que é a Marina Silva", completa.

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