Exclusivo Nova união: Conviver com padrasto aumenta em até 3 vezes o risco de estupro

Estudo inédito feito no Piauí também identifica mais de 300 órfãos do feminicídio e 200 alunos vivendo em “risco e extremo risco”

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Sem um dia de paz! Nova união de mulheres aumenta em até 3 vezes o risco da filha ser estuprada

O dado alarmante é parte do conjunto de estudos sobre violência sexual e violência intrafamiliar no Piauí. O estado acaba de concluir o "”Censo de Risco Social" de estudantes da Rede Pública de Ensino, que aponta que 80% desse tipo de crime não chega a ser denunciado. O estudo inédito no pais é resultado de  parceria entre as Secretarias de Segurança Pública e Educação e deve nortear as políticas públicas para proteger esses jovens. "É preciso vencer a subnotificação para mudar essa realidade."Estupro é imprescritivel, um crime de ação penal pública incondicionada. É possível penalizar o agressor ",afirma a delegada Eugênia Villa, diretora de Gestão de Risco da SSP.

Segundo a delegada, o estudo não tem o objetivo de penalizar a subnotificação,mas quebrar uma barreira, que é a omissão de um crime que "pode  gerar gravidez indesejada que vai sonegar uma vida inteira à vítima, uma menina ainda". O que a pesquisa revela é que "a escola é um local privilegiado para obter essas informações"” . Para as mulheres a condição de gênero já representa um risco. E quando essa criança convive com um homem que não pai ou tutor legal, ela não está protegida. "”Como ativista, como criminóloga e como mulher divorciada, me doi dizer isso, mas é preciso ser dito!"

Além do estupro, o feminicídio também é ameaça . Nas escolas pesquisadas, foram identificados 302 órfãos de feminicídios. "No caso deste crime, o Piauí venceu a subnotificação pois temos 274 presos por esses crimes, diz a delegada.

Feito em 3 etapas, o projeto do Censo de Risco Social iniciou como piloto, na Vila Irmã Dulce, em Teresina, quando foi mensurado o Risco Territorial. Foi a partir dessa experiência que o secretário de Segurança, Chico Lucas, entendeu a necessidade de elaborar uma avaliação mais ampla, que pudesse abranger aspectos que também poderiam sofrer intervenção das políticas de proteção dos jovens e adolescentes. Em seguida foi  aplicado em 6 escolas até que, nos meses de março e abril, chegou a 559 unidades escolares de 210 ( dos 224) municípios do estado. Cerca de 3 mil professores e gestores foram responsáveis pela avaliação.Os questionários complexos abordaram aspectos como Saúde, Educação, Rede Familiar e Segurança.



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