Gleisi e ministros defendem Janja de críticas sobre suposta interferência

Membros do governo e do PT chamam de misoginia os ataques à primeira dama

Foi mais um final de semana de artilharia pesada contra Rosângela da Silva, a Janja. A primeira dama é apontada como responsável por interferências no governo para além das suas atribuições, mesmo sem a indicação de fontes que confirmem a suposta influência dela em assuntos de estado. A novidade de mais uma polêmica envolvendo o nome dela é a solidariedade de ministros e políticos ligados ao presidente Lula.  "A primeira dama Dona Janja da Silva é uma mulher gigante que orgulha e orgulhará o Brasil, ao lado de Lula. Enquanto isso, quem acredita em fofoca vai ficando cada vez menor"m tuitou o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

A ministra do Esportes, Ana Moser, também saiu em defesa de Janja. Segundo Moser, a primeira dama está passando por  "mais um episódio de violência política de gênero". A nota também foi publicada no perfil de rede social da ministra: " Que covardia! Deixo minha solidariedade. Me coloco à disposição para estarmos em frentes contra o machismo, a misoginia e a violência de política. Não podemos e não vamos nos calar", publicou.

Líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues foi outro que condenou os ataques à Janja. Segundo o senador,  tratam-se de " suposições e inverdades", garante. " Só mostra quanto o machismo e a misoginia são estruturais em nosso país. À Janja, minha solidariedade. A tarefa da reconstrução tb passa por banir o machismo para melhorar a vida do povo"

O nome da socióloga tem sido  um dos assuntos mais comentados do Twitter durante todo o final de semana. Desde a posse de Lula, Janja tem polarizado as discussões nas redes sociais, divididas quanto à atuação da primeira dama, que é bastante presente. Uma das primeiras acusações feitas à ela, foi de gerar insatisfação dentro do Partido dos Trabalhadores. No entanto, a  presidente do PT, Gleisi Hoffman, também se mostrou solidária a ela.

"A política é dominada pelos homens, nem estou falando de machismo e misoginia, q ainda são marcas, infelizmente, da sociedade em q vivemos. Falo do exercício do poder, das articulações, dos símbolos e do jeito de fazer política", escreveu a deputada federal.

Segundo ela, Janja é um bode expiatório. " Homens, em off, tentando transferir responsabilidades por problemas a uma mulher pelo fato de ela ter protagonismo. Solidariedade". Até a noite deste domingo, 18, o presidente ainda não havia se manifestado sobre os ataques à primeira dama.

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