Garimpo Ilegal: Operação do IBAMA e PRF Ilegal destroi 20 aeronaves

Além do transporte, 13 balsas foram retiradas e os criminosos foram multados; faturamento individual chega a 50 milhões/ano

Mais  duas aeronaves empregadas ilegalmente em atividades relacionadas ao garimpo na Terra Indígena Yanomami foram destruídas pela operação do  Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O balanço da semana é de um total de 20 aviões que serviam   para transporte de insumos e pessoas em territórios isolados da área demarcada. 

Após a interrupção do fluxo de embarcações pelos rios Uraricoera e Mucajaí para impedir a entrada de suprimentos, o abastecimento das instalações garimpeiras passou a ocorrer essencialmente pela via aérea.A extração ilegal de ouro e cassiterita ocorre de maneira descontrolada na região, contaminando rios com mercúrio, destruindo florestas e favorecendo a propagação de malária entre os povos originários.

As condições precárias de segurança das aeronaves, em total desacordo com as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e a dificuldade de acesso aos locais em que são encontradas tornam necessária a destruição desses equipamentos pelos agentes.

A operação também retirou 13 balsas usadas em dragagem fluvial  no rio Madeira. A equipe de fiscalização agiu em sete locais distribuídos pelos municípios de Borba, Nova Aripuanã e Manicoré, no Amazonas. As multas aplicadas aos criminosos que agiam no local totalizam R$ 5,2 milhões. Os equipamentos desativados foram avaliados em R$ 10 milhões e o faturamento de um único autuado chegava a R$50 milhões por ano com mineração ilegal

“O estímulo à atividade garimpeira nos últimos anos provocou uma nova corrida do ouro no rio Madeira. O Ibama atua com força para descapitalizar os criminosos e interromper o dano ambiental causado pelo uso do mercúrio e pela dragagem realizada no leito do rio”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

A operação visa enfraquecer as atividades de garimpo e solucionar a crise humanitária que assola as terras Yanomami. O Ibama permanecerá por tempo indeterminado na região

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