O presidente Lula começa a semana recebendo, em seu Gabinete no Palácio do Planalto, o advogado-geral da União,Jorge Messias. a agenda, marcada para às 17h chama a atenção porque o nome de Messias aparece como favorito para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal FEderal (STF). Ao mesmo tempo, aumenta a pressão para que o presidente indique uma mulher para o cargo. Neste domingo, a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco defendeu a escolha de uma negra.
Em artigo publicado no site Poder360, a ministra de Lula usou o exemplo de Esperança Garcia, mulher piauense escravizada que foi reconhecida como "primeira advogada do Brasil, pela OAB". Ä indicação de uma profissional do direito negra para a Corte Suprema brasileira pode ser este elo histórico, fortalecendo na prática e no símbolo a salvaguarda da Constituição Federal e as complexas decisões da última instância da prestação de justiça pelo Estado brasileiro", afirma Franco.
A ministra fez referência à campanha online "Queremos uma ministra negra no STF", que reúne assinaturas para pressionar o presidente. Até o momento, pouco mais de 18 mil foram obtidas. "Uma advogada negra na Suprema Corte aponta necessariamente para o caminho do equilíbrio e da equidade que embasam o ideal de justiça. Faz uma ponte possível entre o universo da deusa Themis e o de Esperança Garcia",prossegue a irmã de Marielle Franco.
A oposição faz coro às críticas de que, com a aposentadoria de Weber, a representatividade feminina na Corte Suprema ficará apenas com a ministra Carmen Lúcia. " Não tem cabimento um governo que alardeou tanto um viés de pluralidade, agora, estar em dívida entre vários HOMENS para ocupar a vaga de uma mulher. Indicações de mulheres a outras cortes NÃO compensam o desfalque no STF." afirma a professora de Direito e ex-deputada Janaína Pascoal, na rede social X. Aliada do ex-presidente Bolsonaro, a jurista, no entanto, foi cobrada pelos insternautas porque não questionou as indicações de André Mendonça e Nunes Marques, feitas pelo então presidente.