Ele não tem mãos e pés mas adora jogar bola e sonha ser desenhista

A história de superação do estudante de Corrente que voltou para a Escola e quer entrar na Faculdade de Artes

Existem duas coisas que o Marcos gosta de fazer:  jogar futebol e desenhar. Seriam atividades comuns aos jovens mas no caso dele, participar de um jogo ou pegar uma caneta são provas de superação. Aos 28 anos de idade, Marcos Santos perdeu parte dos membros inferiores e superiores, em razão de um quadro agravado de meningite, quando ele tinha apenas 12 anos. Desde então, até as tarefas mais simples tiveram que ser resultantes de um longo e difícil aprendizado.

“Não foi fácil conseguir usar o celular ou segurar uma caneta para fazer o que mais gosto”, diz ele. A paixão pelo Desenho, aliás, aconteceu após o acidente, quase como um desafio proposto por uma amiga. Marcos nasceu em Corrente, a 900 km de Teresina. Devido à doença, foi trazido para a capital pelos pais e, desde então, vive na capital.

Somente há dois anos ele voltou para a Escola, através do Programa de Ensino destinado a jovens e adultos. Ele freqüenta O CETI Pedra Mole, na região leste. As aulas são noturnas e o maior incentivo do estudante é conseguir ingressar numa Universidade onde pretende cursar Artes.

Sem condições financeiras, Marcos usa somente uma caneta esferográfica e folha de caderno comum para desenhar figuras femininas, personagens de quadrinhos ou situações que reproduzem cenas do cotidiano, como a intimidade de um casal de amantes. “Queria poder comprar material, canetas coloridas que me ajudassem a desenvolver meus desenhos”, diz.

Em seu perfil no instagram, Marcos posta fotos dos trabalhos e da rua rotina na cadeira de rodas ou jogando bola com os amigos. “ O importante é não desistir, não desanimar, seguir em frente”, ensina.

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