A CPMI dos atos golpistas terá, esta terça,26, uma das presenças mais aguardadas desde o início dos trabalhos. Está marcada para às 9h, o depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro. Para a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o general "trará informações de enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos na presente comissão".
A expectativa da senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA), autora de um dos requerimentos de convocação, a oitiva do ex-ministro de Segurança Institucional, "é imperioso e imprescindível para o desenrolar da fase instrutória e, obviamente, para futuro deslinde das investigações". Apuração da Agência Pública revelou que alguns golpistas estiveram no GSI entre os dias 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022, época em que o órgão era comandado pelo general.
O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA) afirmou que colocará em votação todos os requerimentos com propostas de novas convocações mas o pedido de acareação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, que faz delação nas invesrtigações conduzidas pela Policia Federal e que foi proposto pela relatora não será apreciado. O deputado admitiu a dificuldade de ouvir todos aqueles que a base do governo e a oposição querem convocar. Para Maia, terá de ser feita uma seleção, possivelmente de seis requerimentos, para ser votada na reunião de terça-feira.
"Podemos fazer alguma modificação [na lista dos requerimentos]. Estamos tentando um acordo: ou a CPMI ouve dos dois lados ou não ouve ninguém",afirmou Maia, em entrevista à imprensa.
A relatora reconheceu que a decisão sobre a votação dos requerimentos é uma prerrogativa do presidente Arthur Maia e que a CPMI está atenta a novas denúncias e possibilidades de delação. Ela prevê que a CPMI pode pedir o indiciamento de algumas pessoas, mesmo que elas não compareçam à comissão. A senadora classificou como "lamentável" a não inclusão da proposta de acareação