Mais de 55 mil famílias de 5 bairros já tiveram que deixar suas casas desde 2018, em razão de afundamento provocado pela atividade de mineração da empresa Brankem.Após visitar as áreas atingidas neste final de semana o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, informou ao blog neste domingo, 2, que, um outro aspecto é motivo de preocupação do Governo Federal, o aumento dos casos de depressão e ansiedade na população afetada. "
Foi preciso suspender temporariamente as cirurgias eletivas na rede hospitalar pública para priorizar o atendimento relacionado a saúde mental", diz.O ministro também afirmou que já não existem áreas dentro de Maceió para o realojamento das famílias, que serão instaladas em municípios vizinhos.Além de famílias que perderam as casas, pelo menos 6 mil empresas também foram afetadas desde que o processo de remoção começou . "Bairros inteiros foram abandonados.
"A situação é grave...estamos falando em possível crime socioambiental", reiterou Dias em post nas redes sociais . Segundo o ministro, pelo menos metade das famílias que foram deslocadas nos últimos meses estão inscritas no CadÚnico, o cadastro do Governo Federal para pessoas em situação de vulnerabiidade, que possibilita a inclusão em programas de transferências de renda, como o Bolsa Família. Isso significa que os mais pobres também são os mais afetados pelas alterações geológicas provocadas pela exploração das minhas, desde os anos de 1970.
O Ministério também está priorizando a inclusão das famílias no Programa Minha Casa, Minha Vida, que, em sua nova fase, prevê um percentual de moradias destinadas a pessoas que perderam imóveis em razão de desastres naturais.