Apoliana Oliveira

Comentarista de política do Jogo do Poder. Jornalista, formada na Universidade Federal do Piauí.

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Severo Eulálio se manifesta sobre chance de anulação de eleição da Mesa

“Todos nós respeitamos a justiça, somos cumpridores da Justiça, queremos é honrar o que a Justiça determina. Mas o que ela determina em relação ao Piauí”, afirmou o deputado

Eleito para presidir a Assembleia Legislativa do Piauí no biênio 2025/2026, o deputado estadual Severo Eulálio (MDB), se manifestou sobre a possibilidade de anulação da eleição realizada em 1º de fevereiro deste ano, como repercussão de decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu a eleição antecipada da Mesa da Assembleia do Tocantins, para o segundo biênio da Legislatura.

"Tem que ter calma, tranquilidade, aguarda o próximo passo, as decisões do STF. Se for uma decisão que passe a valer para todo o Brasil, de acordo com a modulação, aí sim, podemos pensar em fazer alguma coisa, cumprir a decisão do STF, se for referente ao Piauí, não tem nem o que se discutir. Todos nós respeitamos a justiça, somos cumpridores da Justiça, queremos é honrar o que a Justiça determina. Mas o que ela determina em relação ao Piauí. Nós não vamos cumprir uma decisão referente ao Tocantins, é um contrassenso", afirmou Severo.

Severo argumenta ainda que, apesar das semelhaças entre os casos do Piauí e do Tocantins, há distinções. "Nossa eleição foi feita respeitando todos os critérios, toda a legislação vigente, nossa Constituição, o nosso regimento interno. Todos os pares votaram favoravelmente tanto às alterações, como na eleição. Foram 30 votos para o presidente Franzé, foram trinta votos para a gente como presidente. Apesar de ter algumas semelhanças, tem também várias diferenças", diz o deputado, lembrando que os eleitos no Piauí são de partidos diferentes e que a antecipação do pleito não acontece pela primeira vez, sustentando que não houve ilegalidade.

A possibilidade de anulação da eleição no Legislativo do Piauí foi levantada pelo atual presidente da Casa, Franzé Silva (PT). Em entrevista, disse que a Casa não seguiria na ilegalidade. Logo, via ato da Mesa, a eleição seria refeita caso o Plenário, na análise do mérito na ação direta de inconstitucionalidade relativa ao Tocantins, decidisse pela anulação

ANULA UMA, ANULA OUTRA

Mas a questão não pode não ser tão simples. Deputados emedebistas e fontes do partido ouvidos pela coluna entendem que a decisão poderia implicar na eleição do próprio presidente Franzé Silva, já que o ato da Mesa que antecipou o pleito autorizou a eleição para os dois biênios na mesma sessão. E caso a eleição seja anulada, Severo avisa, vai concorrer novamente.

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