Com a assinatura do acordo entre a prefeitura de Teresina e os empresários do setor de transporte público, os trabalhadores rodoviários querem agora discutir com os patrões a assinatura da convenção coletiva da classe.
No final da manhã desta quinta-feira (07/10), o sindicalista Francisco das Chagas ‘Mambira’ afirmou ao blog que a categoria aguarda ser chamada pela classe empresarial para saber como ficará a situação dos motoristas e cobradores, agora que a prefeitura se comprometeu ao pagamento do acordo no valor de R$ 21 milhões, firmado ainda no ano passado.
“Não vamos voltar à normalidade, se nossas garantias não estiverem no papel”, diz o sindicalista.
Com a crise no setor, os trabalhadores sofrem com a irregularidade no pagamento dos salários. Atualmente, recebem por diária. Ao fim do mês, para alguns, os ganhos não passam de R$ 200.
“Estamos recebendo do mesmo jeito [por diária] e o salário [deste mês] não está garantido. Vamos esperar que o Setut nos chame para discutirmos a convenção coletiva. Se até a próxima semana não ocorrer, avançaremos na discussão entre a classe”, explica Francisco.
O ACORDO
O entendimento entre a PMT e os consórcios foi alcançado no final da noite de ontem. Nesta manhã, a minuta foi assinada pelo prefeito Dr. Pessoa (MDB). O documento será protocolado na Justiça, que definirá sobre a homologação. Só então os repasses às empresas serão efetivados.
Além do pagamento dos R$ 21 milhões, os termos do acordo entre a PMT e o Consórcio SITT incluem ainda a retomada imediata da frota às ruas, cumprindo as ordens de serviço da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), e prevê a suspensão dos repasses financeiros às empresas caso haja greve ou paralisação dos trabalhadores.
Uma mudança é a operação do Sistema de Bilhetagem Eletrônico, cujo controle ficará com a prefeitura a partir de 1º de dezembro. A comercialização dos passes segue com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).