De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Nápoles Federico II, na Itália, o consumo diário de laticínios, como leite e iogurte, pode desempenhar um papel significativo na prevenção da diabetes tipo 2. Por outro lado, o estudo também revela que o consumo de carnes vermelhas e processadas pode aumentar o risco de desenvolver a doença em cerca de 20%.
Para chegar a essas conclusões, os cientistas italianos examinaram dados coletados de 13 revisões científicas anteriores, totalizando 175 estudos. Essas análises buscavam estabelecer uma relação entre o consumo de 12 alimentos de origem animal e o desenvolvimento da diabetes tipo 2.
alimentos que ajudam a reduzir diabetes tipo 2
Para fins de comparação, os pesquisadores examinaram diversos alimentos, incluindo diferentes tipos de carne vermelha, como bovina, ovina e suína, além de carnes brancas, como frango e peru, e carnes processadas, como bacon e salsichas. Também foram analisados peixe, laticínios nas versões integral e com baixo teor de gordura, como leite, queijo e iogurte, e ovos.
Ao analisar os dados coletados, os pesquisadores descobriram que as pessoas que consumiam um copo de leite por dia tinham 10% menos probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com aquelas que consumiam menos.
Quanto ao iogurte, aqueles que consumiam 100 gramas diárias apresentavam um risco 6% menor. Esses resultados foram obtidos após a segunda fase do experimento, onde as informações das diversas pesquisas foram cruzadas. Além disso, os resultados da pesquisa mostraram que o consumo de 30g de queijo não teve efeitos significativos, indicando que essa quantidade não traria benefícios nem prejuízos à saúde.
Por que os lacticínios?
A autora principal do estudo, a médica Annalisa Giosuè, explicou que os produtos lácteos contêm nutrientes, vitaminas e outros compostos bioativos que podem ter um impacto positivo no metabolismo da glicose.
E os alimentos que aumentam o risco?
Os resultados obtidos mostram que os indivíduos que consumiam 100g de carne vermelha por dia tinham um aumento de 22% no risco de desenvolver a doença. Já para aqueles que consumiam 50g de carnes processadas diariamente, esse risco aumentava para 30%. Tanto as carnes vermelhas quanto as processadas são ricas em ácidos graxos saturados, colesterol e ferro heme, o que pode levar à inflamação crônica e ao estresse oxidativo, reduzindo assim a sensibilidade à insulina.