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Nova onda do pagode conquista o Brasil e ganha novos públicos

Ritmo domina shows por todo o país e já forma festivais de peso na cena cultural

Talvez muitos não tenham percebido, mas o cenário musical brasileiro de 2023 está sendo influenciado por um estilo que, em um passado recente, era uma sensação nos palcos e nas telas da TV. O pagode, que não despertava muito interesse entre a classe média nos anos 1990, está retornando com força e ganhando aceitação até mesmo daqueles que antes torciam o nariz para esse ritmo.

Enquanto grupos como Só pra Contrariar, Katinguelê e Art Popular já não vivem a mesma popularidade de outrora, novos artistas estão emergindo para revitalizar esse gênero sambista. Ludmilla, após conquistar destaque no pop-funk, continua investindo em seu projeto de cantar pagode. Da mesma forma, Xande de Pilares conquistou elogios ao colaborar com Caetano Veloso em um dos álbuns mais aguardados do artista.

Tardezinha, um evento criado por Thiaguinho, se tornou uma sensação em todo o país, com shows lotados e ingressos que esgotam em poucas horas. E no cenário dos festivais, o Samba Brasil já é um dos mais famosos por reunir os principais nomes do pagode. Este evento está agendado para o segundo semestre em Teresina.

Vale mencionar que o álbum "Interessante" de Ferrugem, lançado em 11 de agosto, alcançou um feito notável ao entrar na lista das estreias mais ouvidas globalmente no Spotify. O feito foi anunciado pela própria plataforma, que compilou os números obtidos pelo projeto durante o fim de semana de lançamento (11 a 13 de agosto). No décimo lugar do ranking mundial, o cantor carioca compartilha espaço com artistas como Karol G e Jungle entre os álbuns mais populares do aplicativo de música, sendo o único brasileiro da lista.

Mas qual é a razão por trás desse ressurgimento do pagode? O vídeo a seguir explora essa questão: