Preta Gil |
Foto: Reprodução/ Instagram
Parte das cinzas de Preta Gil, cantora que morreu em julho deste ano devido a complicações de câncer no intestino, foi transformada em diamantes, atendendo a um desejo que ela havia manifestado a amigos. A informação foi divulgada pelo Fantástico nesse domingo (23).
O interesse de Preta pelo processo começou ao descobrir que era possível criar pedras preciosas em laboratório a partir de carbono humano. Após o falecimento, parte das cinzas foi enviada a um laboratório em São Paulo, onde passou por um processo de conversão que reproduz, em alta velocidade, condições que a natureza leva milhões de anos para gerar.
Como funciona o processo
Para isolar o carbono, as cinzas são submetidas a queimadas sucessivas, que eliminam enxofre, potássio e outros compostos orgânicos. Segundo o químico Dennys Alves, o carbono resultante, inicialmente em pó, é transformado em grafite e compactado em uma pastilha, colocada em cápsula especial capaz de atingir temperaturas entre 2.000 e 3.000 graus.
Em seguida, a pastilha passa por uma prensa que simula pressões extremas, comparáveis ao “peso do Monte Everest sobre a ponta de uma agulha”. O processo dura cerca de 60 horas, até que os átomos de carbono se reorganizem e formem o diamante bruto.
Distribuição dos diamantes
Com o material, foram produzidos 12 diamantes destinados a amigos de Preta Gil. Outra parte das cinzas foi enviada a Curitiba, onde um laboratório produziu integralmente o diamante reservado à família da cantora. Depois da formação, as pedras passam por lapidação e polimento, recebendo um número de certificação gravado a laser e o nome da pessoa homenageada, visível apenas com lupa de 40 vezes.
Em entrevista ao Fantástico, o amigo de longa data Gominho comentou sobre o desejo da cantora. “Quando ela viu a oportunidade de que poderia virar diamante, ela achou magnífico. Nossa amizade é igual diamante. Não quebra. A Preta é isso… ninguém destrói, ninguém quebra”, afirmou.