Professor se torna Escritor em Redenção do Gurguéia

Professor se torna Escritor em Redenção do Gurguéia

Capa do Livro | Arquivo do Escritor

O professor de língua portuguesa Edivaldo Borges, lançou no Centro Social o seu primeiro livro que tem como título “Se os olhos falassem” e traz uma historia cujos textos constituem documentos importantes para outra linha de estudo da literatura brasileira uma vez que a formulação teórica corresponde diretamente às necessidades da época em que vivemos decorrente da evolução da tecnologia em informática qual a comunicação virtual torna-se presente na vida, principalmente dos mais jovens. O autor, preocupado com as tradições românticas da cultura poética, demonstra no livro o ideal de uma Arte construtiva em oposição a uma tendência destrutiva do uso das redes sociais.

Definido pelo novo escritor, como um evento que teve como o objetivo, além de lançar a obra “Se os olhos falassem”, também homenagear algumas pessoas do município, que representaram alguns personagens da história, além de impulsionar jovens que manifestam inclinação vocacional para a arte da literatura.

Dentre os convidados estava um público notório de professores, qual representado em fala pela professora Lucirene Fernandes  que, com conhecimento literário tratou a obra como um jeito novo de fazer leitura, explorando todos os campos tanto no domínio étnico como no da imaginação. Lucirene apreciou a prosa e as regras gramaticais fixados na história deixando claro que a vida constitui das Artes e das Letras e não se limitou ao texto em si, falou do seu carinho e admiração pelo professor qual fora seu aluno.   

Ângelo Sena que além de médico e também escritor, filho de Redenção do Gurguéia, representou os demais escritores de sua cidade e em seu discurso demonstrou forte inclinação à defesa da arte de escrever como sendo uma necessidade urgente para a formação de uma sociedade firmada em valores culto-educativos,  ao afirmar que a vida há tempos se forma e esta em evolução, mas que necessita de um espírito romântico, emotivo e sonhador, comparando o lançamento de um livro ao nascimento de um filho. O escritor falou também das dificuldades existentes na edição e publicação de livros, sugerindo a criação da Academia do Vale do Gurgueia, que possa reunir artistas para o desenvolvimento de trabalhos de cunho literário.

A Igreja Católica representada por alguns membros também homenageou o mais novo escritor ao dizer que a sente-se muito feliz uma vez que o mesmo é membro ativo dos movimentos realizados pela igreja.

Sua ex-aluna Kárem Lago, escolhida para representar os futuros escritores, também destacou o profissional competente, do homem de caráter e disse que está sendo influenciada pelo professor escritor a também escrever um livro. 

O matemático Evaldo Borges, irmão do Escritor, emocionou-se ao falar da necessidade de um público voltado à leitura relacionando a literatura com a forma de determinar novas descobertas no pensamento. O professor que ensina a arte exata qual não permite trilhar seu próprio caminho e sim chegar ao devido resultado, refletiu sobre a forma diversificada da literatura, qual o leitor busca sua própria estrada, diferente da matemática. Evaldo disse ainda que a maneira de imortalizar-se é escrever um livro.

A escritora Maricélia Carneiro, autora da obra “Existe uma Moema em cada Mulher” da cidade de Anísio de Abreu-PI, reportou-se à obra como um trabalho devidamente pronto para o tipo de abordagem que o atual desenvolvimento da tecnologia, dentro da linguagem poética permite aceitar, uma vez que a historia trás as redes sociais como tema abrangente. Em sua fala mencionou as dificuldades de escritores brasileiros tratando a publicação de um livro como um fantasma que atormenta a vida dos escritores na hora de editar, publicar e lançar seus trabalhos, decorrentes da falta de investimento financeiro em políticas voltadas à trabalhos editorias e mais precisamente à literatura. A escritora trouxe à memória os anos 70 e 80, quando as universidades dos estados brasileiros investiram na criação de suas próprias editoras, mas que estas, em sua maioria, não subsistiram à politicagem sistemática, deixando á deriva planos e projetos.

Quanto ao homenageado da noite; o professor e agora escritor Edivaldo Borges, este se mostrou realizado em seu primeiro trabalho deixando a promessa de que mais pode se fazer pela educação brasileira e falou de onde veio a inspiração e o incentivo para escrever: citou o exemplo de sua mãe que presenteava a ele e a seus irmãos com livros, como aquela que apesar de pouco conhecimento mas que era visionária; e disse ainda que teve bons mestres e destacou a importância das primeiras professoras: Excelsa Maria e Luziene Fernandes e das professoras de língua portuguesa: Lucirene Fernandes, Alice Fonseca, Salvadora Barbosa e Orteni Paraguai, mas destacou que a principal motivadora para a escrita e publicação da obra foi através da escritora Maricélia Carneiro, com quem compartilha de anseios, expectativas e ideais comuns.

O mais novo escritor piauiense, que tem 18 anos de docência no município de Redenção do Gurgueia, falou que ao olhar nos olhos de seus alunos ver neles a vontade e o sonho de realizar seus sonhos e acrescentou que é preciso despertar nos novos jovens o gosto pela escrita literária despertando, não tão somente o senso crítico do aluno na formação do cidadão consciente dos seus direitos e deveres, mas também que é preciso despertar a sensibilidade da juventude e que a literatura permite isso, uma vez que a definiu como a arte da palavra.  

 Matéria produzida em entrevista (Pra Rádio Redenção FM – Programa Informativo 88) aos escritores Edivaldo Borges  e Maricélia Carneiro



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