Os produtores dizem que é a maior alta dos últimos 20 anos. A explicação para o aumento está na cadeia produtiva e vários fatores explicam. Um deles é a estiagem, que começou cedo e se prolongou por muito mais tempo. Faltou chuva e a mandioca não cresceu o quanto o produtor esperava.
Nas casas de forno, os tanques estão quase todos vazios e o número reduzido de gente trabalhando também mostra o quanto a mandioca está em falta.
A qualidade da mandioca influencia diretamente no preço da farinha. Quando ela está boa, a massa é consistente. O produtor precisa de, no máximo, 100 quilos de mandioca para produzir 30 quilos de farinha. Quando caem as primeiras chuvas, a coisa muda totalmente de figura. Metade da massa se transforma em água. Os produtores costumam dizer que a mandioca está "degenerada". Com isso, para produzir os mesmos 30 quilos, a quantidade de polpa dobra.
Se a farinha é pouca e a procura é grande, o preço vai para as alturas. Em dezembro, os valores começaram a subir e não pararam mais.
Assim, a farinha, que já foi comida de pobre, está virando artigo de luxo.
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