Grávida pós-estupro em série, Juliana Paes se declara contra a PL do Aborto

Atriz apoia sua personagem e expressa indignação sobre os debates em curso sobre escolhas que afetam o corpo feminino

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Juliana Paes vivendo Liana, personagem na série Pedaço de Mim | Divulgação/ Netflix

Juliana Paes interpreta no melodrama "Pedaço de Mim", que estreia na Netflix em 5 de julho, uma mulher que engravida após um estupro e considera abortar o bebê. Este tema, altamente atual, está em foco no Brasil devido ao Projeto de Lei 1904, conhecido como PL do aborto, que propõe penalizar mulheres e médicos que realizarem interrupções de gravidez, mesmo em casos de abuso.

o que disse Juliana

Em entrevista ao Notícias da TV, a atriz apoia sua personagem e expressa indignação sobre os debates em curso sobre escolhas que afetam o corpo feminino.

"A Liana, em algum momento, escolheu se ela queria levar [a gravidez] adiante ou não. E você imaginar que essa possibilidade de escolha está sendo posta um pouco em xeque desse jeito, me dá uma grande gastura, uma grande agonia", diz a Jacutinga de Renascer.

Na trama, Liana está separada de seu marido, Tomás (Vladimir Brichta), quando se envolve com o irmão da sua melhor amiga. Em um estado de embriaguez e sob efeito de drogas, ela é levada para casa pelo homem, que a estupra. Além disso, Oscar (Felipe Abib) retira a camisinha sem o consentimento dela.

Como muitas mulheres, Liana enfrenta dificuldades para reconhecer que foi vítima de violência — não apenas por não lembrar da noite em que esteve com o amigo, mas também por relutar em aceitar o que aconteceu. 

"A maioria dos casos de violência sexual, abuso, estupro, envolve pessoas próximas, não é? Familiares, conhecidos. Então, leva um tempo para compreender o que aconteceu, leva um tempo para processar, há um período de culpa, o tempo em que se questiona se tem alguma responsabilidade na situação", avalia Juliana.

Para Juliana, o lançamento da série neste momento de intensos debates é uma coincidência positiva. Ela aprecia a oportunidade que o público terá de refletir mais profundamente sobre os motivos que levam uma mulher a decidir interromper uma gravidez.

"Há tantos aspectos que a série aborda para fazer as pessoas pensarem: 'Não é simples entender que fui estuprada'. Muitas vezes questionam por que a vítima não denunciou imediatamente. Meu Deus, porque isso leva tempo!" conclui ela.



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