A atriz Zezé Polessa vai prestar depoimento nesta terça-feira (22), depois das 14h, na 32ª DP (Taquara), no Rio, em razão da morte do motorista Nelson Anderson Lopes, de 63 anos. A informação foi confirmada pelo delegado Antônio Ricardo, titular da delegacia de polícia.
Nelson teria passado mal durante a tarde, tempos depois de discutir com a atriz pela manhã, quando a levara para uma gravação ? ela disse que só ficou sabendo do ocorrido à noite. Ele chegou a ser levado para o Hospital Lourenço Jorge, no Rio, mas morreu em seguida.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, Antônio Ricardo instaurou inquérito para apurar a conduta de Zezé. Segundo o delegado, inicialmente o inquérito deverá apurar se a atriz infringiu o Estatuto do Idoso, que estabelece uma pena de reclusão de seis meses a um ano para quem humilhar, desdenhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa.
Caso fique constatado que Zezé continuou a destratar o motorista mesmo depois de ter sido informada que ele sofria de problemas cardíacos, ela poderá responder também por homicídio culposo (não intencional).
A promotora de Justiça do Rio, Christiane Monnerat, que determinou que a polícia investigasse a conduta de Zezé no caso, disse que mesmo que os parentes da vítima não quisessem "ela seria obrigada a investigar o que aconteceu".
Entenda o caso
Na última segunda-feira, o jornal carioca "O Dia" divulgou a informação que o motorista Nelson Anderson Lopes havia sofrido um ataque cardíaco e morrido após ter discutido com a atriz Zezé Polessa. Zezé teria se queixado em razão de ele ter errado o caminho para o Projac, complexo de estúdios da Globo, na zona oeste do Rio.
Ao UOL, Zezé disse que "ficou passada com a notícia da morte de Anderson". "Fiquei passada com a notícia. Ele era um senhor idoso, me levou para um local errado, era novo na profissão e não conhecia o caminho direito. Não discuti, falei que ele tinha que se informar. Saí com ele quatro vezes e em todas nos perdemos. Ele estava despreparado para o trabalho".
Ela ressaltou que Anderson não seria despedido. "Ele não seria mandado embora, apenas não seria mais meu motorista, levaria outras pessoas. Eu entendo que todo mundo precisa trabalhar e falei que não podia mais passar por isso, de ficar rodando e chegar atrasada. Não conheço alguns caminhos do Rio", acrescentou.