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Viagem pelo Cânion do Poti no Programa Incrível hoje na MN

Exibido no sábado, a partir das 23h, com reprise aos domingos

O Incrível vai exibir hoje, às 23h, com reprise no domingo, às 15h, pela Rede Meio Norte, uma aventura exclusiva até os sítios de gravuras rupestres do cânion do rio Poti, nos municípios de Buriti dos Montes, Castelo e Juazeiro.

O programa apresentado por Alcide Filho traz depoimentos reveladores que traduzem o diário secreto de povos pré-históricos que deixaram, há milhares de anos, um código de mensagens desafiadoras para os arqueólogos. Entre os entrevistados, Carlos, um guardião da natureza, conhecedor das plantas e das trilhas mais escondidas do Pico dos Andrés.

O Poti forma um Cânion porque seu leito rochoso atravessa paredões acima de 45 metros, alcançando até os 50 metros de altura. As águas correm aprofundando o curso e se contorcendo em desvios.

No território geológico da bacia do cânion do Rio Poti predominam rochas do Complexo Cristalino, um megacinturão formado no final do Pré-Cambriano, a mais antiga e longa das eras ou Éons Geológicos. As águas do rio Poti começaram a correr por uma fenda aberta em decorrência da colisão de blocos continentais há pelo menos 570 milhões de anos.

Com imagens do arqueólogo Pedro Gaspar, o programa mostra o caminho de pedras e as gravuras rupestres que predominam no cenário rochoso do Cânion do Rio Poti.

São gravuras talhadas e picotadas em baixo relevo na própria rocha, geralmente sem uso de pigmentos. Sem alfabeto nem papel, o homem talhou suas memórias em pedras antigas, forjadas no tempo em que a Terra ardia em brasas.

O telespectador vai navegar pelas águas do Rio Poti, que nasce na Serra dos Cariris Novos, a uma altitude ou cota altimétrica próxima de 800m na divisa do Piauí e Ceará. O Poti um dia já foi chamado de Itaim-Açu, mas já a partir do ano de 1760, em uma carta do historiador Gallucio, já constava a atual denominação.

O programa vai mostrar a caatinga arbórea, vegetação que predomina no Cânion. O carrasco, as matas úmidas e as matas secas também se espalham pela região, formando uma rica composição de biodiversidade.