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Como casais mantêm a chama da felicidade

Descubra o segredo dos casais felizes

Descobrir o que fazem os casais que transpiram felicidade não é fácil. Até porque, cada um, nas suas relações, acordos e contratos, age de maneira diferente e alcança, mesmo com fatores diferentes, um denominador comum: felicidade, inclusive no longo prazo.

A terapeuta de casal Claudya Toledo, dona da agência "A2Encontros" e responsável pela relação feliz de muita gente, escreveu um manual que promete contar os segredos que são comuns aos casais que vivem de maneira plena.

Na obra "Sexo e segredo dos casais felizes" (Editora Alaúde, 2009) ela lista 12 mandamentos que deveriam ser seguidos por todo mundo que almeja paz e paixão, na medida certa. Claudya dividiu os mandamentos em cômodos de uma casa, criando uma metáfora interessante com ensinamentos.

Na "sala de estar" ela colocou "traçar objetivos em comum e manter sempre o diálogo e optar pela paz". Na "cozinha", "desenvolver o hábito de preparar coisas juntos e cuidar da saúde". Na "sala de jantar" mora a dica de "aprender a rir dos próprios defeitos e dos defeitos do outro e manter rituais familiares, trazendo prosperidade e autoconhecimento". Para o "banheiro" da casa, o mandamento é "cultivar a individualidade e limpar todos os corpos e preparar-se".

Na "lavanderia" é importante "ter um espaço para entrar em acordo mútuo e cultivar o bom humor". No "quarto", a dica quente. "Preservar e desenvolver os momentos de intimidade e nunca dormir brigados".

Mesmo assim, essa intimidade é relativa e depende do que, de fato, ela representa para cada casal. "Alguns são muito próximos fisicamente, outros mais emocionalmente. Há os mais íntimos mentalmente e os espiritualmente. Melhor é ser íntimo nos quatro pontos", diz Cláudya. Mas entre todos, o mais importante é mesmo a emoção.

"Aqueles que falam o que sentem, porque e como sentem, têm as relações mais duradouras. O sentimento é muito mais importante que o físico", garante. Por isso, para investir numa relação que se quer ver no futuro, a dica de Cláudya é investir no emocional.

"Se não houver amor e intimidade nos sentimentos ou cultivo emocional, o relacionamento não segue. Se o casal for ligado pela emoção e paixão, até a distância é suportável", exemplifica. Para fazer isso na prática, a ideia é sempre se abrir, falar o que sente e nunca colocar o sentimento próprio dependente do sentimento do outro. "É preciso ter consciência das próprias emoções", indica. É preciso saber falar de si e não do outro. Aprender a falar de si, e não do outro, pode ajudar".

Para ajudar ainda mais, Cláudya indica os sabotadores dos relacionamentos longos. Os principais deles, segundo ela, são antigos amores mal curados, além de falta de humor e falta de abertura e clareza dos objetivos e vontades. "Ciúme e a traição já são faltam de clareza na relação", completa. Para manter a chama acesa, Cláudya desafia os casais a valorizar a rotina. "Se ela for boa, não é problema", garante.

Mas a terapeuta coloca no colo das mulheres a responsabilidade pela manutenção de uma rotina feliz. Isso porque são elas que normalmente instituem o conjunto de ritos da casa e da relação. Números de uma pesquisa do IBGE apontam que 76% dos casais terminam porque a mulher pede a separação.

"O homem, quando se adapta, não troca de mulher, pois é mais previsível e rotineiro mesmo. Mulher é instável, tanto emocionalmente quanto fisicamente, por conta dos hormônios", aponta. Isso requer que o time feminino fique a cargo de surpreender. "Elas precisam ser organizar para alternar a cada sete dias, se reinventar mesmo, assim como a lua. Numa fase a mulher está mais orgástica, em outras mais conectadas. Pode estar aérea ou se sentir necessária. A lua mexe com as marés. E mexe com o corpo da mulher também". Fica a dica.