O Projeto "Curso de Saberes do Ofício da Baiana de Acarajé", traz o segundo curso para os piauienses. Dessa vez, de Turbantes, com a professora Leninha Sousa.
O curso terá a duração de uma semana, com aulas práticas e teóricas sobre o uso de turbante, com participação de mulheres e homens. Serão duas turmas com 17 alunos cada, nos turnos manhã e tarde. O curso começa nesta segunda-feira, dia 30 de agosto.
Segundo Leninha, o turbante não é um simples adereço ou enfeite. “Ele fala de nossa ancestralidade, de quem somos, de nosso empoderamento enquanto mulher negra”.
Reconhecimento
O artigo de Lorena Lacerda, publicado no Portal Geledés, ressalta a importância da auto aceitação e reconhecimento da beleza dos cabelos negros. A estética dos turbantes me ensinou que toda mulher negra carrega o sentido importante de uma coroa porque são potencialmente capazes de erguer a cabeça e honrar sua própria realeza”.
Leninha se reconheceu como mulher negra quando assumiu seus cabelos afros, após a especialização, ela é bisneta de ex escravizada. “Atualmente descobri que minha avó e de uma comunidade quilombola daqui do Piauí, Sítio Velho”. O curso é uma realização da Associação nacional das Baianas do Acarajé no Piauí.
Quem é a instrutora:
Luzilene de Sousa Silva, a Leninha, é graduada em Biologia, com especialização em Cultura Afrodescendente e Educação Brasileira. Vice presidente, do Ayabás – Instituto da Mulher Negra, que completa 13 anos em setembro e que luta contra o racismo, machismo, sexismo e pelos direitos das mulheres negras. Faz parte do levante Feminista Piauí, da Frente Popular de Mulheres contra o Feminicídio, Conselheira Estadual de Saúde, saúde da mulher e do povo negro, faz parte do MORHAN/PI, movimento de pessoas atingidas pela Hanseníase.