De aclamado pelo público a "fugitivo" da polícia. O angolano Serginho, que participou da 1ª edição do "Big Brother Brasil", conquistou muitos fãs dentro do programa pelo seu jeito meigo e galanteador, mas logo na primeira semana de programa, ele teve problemas com a Polícia Federal. Apesar de, segundo ele próprio, estar com a documentação em ordem para morar no Brasil, passou os últimos dez anos acuado e "escondido".
"Logo na primeira semana entrou a Polícia Federal, e até hoje eu não sei o problema que eu tive, já que eu não estava trabalhando, não era pago para estar lá. Depois de tudo, minha vida virou um inferno. Ninguém imagina o inferno que foram esses últimos 10 anos", relembra Sergio.
Ao sair do programa, ele tentou regularizar sua situação no Brasil, mas afirma ter sido perseguido por uma delegada na época.
"Uma delegada do Rio de Janeiro, que eu nunca vou esquecer o nome, usou o poder que ela tinha. Me estragaram na força, na ousadia, ela me perseguia, eu nem podia dormir em casa. Para você ter uma ideia, chegamos ao ponto de ter que falar com o diretor da Polícia Federal, que na época era o Luciano Pestana, mas nem ele entendeu qual o problema com o meu visto."
Após alguns meses, mesmo com a situação de sua permanência regularizada no Brasil, Serginho decidiu se mudar para São Paulo e começar uma nova vida.
"A minha história por não entender essa perseguição que aconteceu me deixou um gosto muito amargo. Tive que começar minha vida do zero e acabei me "escondendo" em um cantinho em Moema, [na zona sul de São Paulo]. As pessoas até falavam que eu tinha que me expor, mas eu não queria. Até que consegui arrumar minha situação através de investimento capital em um processo certinho perante a lei.
Serginho foi ainda protagonista de uma história de amor no "Big Brother", com a participante Vanessa, mas o romance acabou junto com o fim da atração.
"O namoro não teve continuidade porque houve falta de comunicação. Saiu na mídia que eu não a procurava, mas eu sai primeiro e fiquei esperando, ela deveria ter me procurado também. Tivemos uns encontros de mídia para fazer fotos e algumas coisas, mas não rolou mais."
Mesmo após dez anos de programa, o cabeleireiro conta que ainda é reconhecido nas ruas. "Me reconhecem até de costas e eu fico surpreendido com isso. São dez anos e não ando com isso na cabeça. As vezes esqueço e me pergunto: "De onde me conhecem?"."
Dono de um estúdio de beleza em São Paulo, Sergio conta que vive uma ótima fase em sua vida e que ainda mantém contato com a colega de confinamento Leka. "Há um ano me desprendi de tudo isso que vivi, estou em outro momento, feliz, sou um paulistoca, já?, contou animado. ?A Leka é minha cliente, uma menina muito do bem, sempre vem aqui?.
Questionado se voltaria para o confinamento, Sergio é direto: "De jeito nenhum, foi um peso profissional que me custou muito caro".