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"Ser modelo não é brincar de fazer pose", diz Isabella Fiorentino

Fiorentino é top internacional, consultora de moda e blogueira

Top internacional, apresentadora de TV, blogueira, consultora de moda e empresária. Para quem pensa que vida de modelo é só viagens, fama e glamour, Isabella Fiorentino avisou, em entrevista exclusiva ao Terra: ?ser modelo não é brincar de fazer pose?.

Ela não vê lado ruim em seguir a carreira na moda, mas conta algumas dificuldades, como ter que deixar a casa dos pais muito cedo. ?Deixar de estudar, perder férias, não poder viajar. Tem o custo alto de não poder investir no intelecto, em relação a formação. Por outro lado, a gente conhece muitas coisas durante as viagens, que uma adolescente não conhecerá na escola."

A carreira de Isabella Fiorentino passou por três fases, segundo ela, de cada vez mais amadurecimento. ?A primeira fase foi a do descobrimento do mercado de trabalho. A segunda foi do auge da minha carreira. Depois,quis me aprimorar em consultoria de imagem e me formei?, diz.

?Consegui crescer junto com a moda brasileira. Nunca me senti uma estrela. Hoje que eu vejo que eu era mesmo famosa, mas na época achava natural?, contou sobre o início de sua carreira que começou cedo - aos 17 anos ela já saiu na capa da Vogue.

Quatro anos depois, a top passou por um momento difícil que a deixou longe das passarelas por um ano. ?Tive um problema de pele e fiz um tratamento muito forte, achei que minha carreira tinha terminado?, lembrou. Mas, em 1999, ela foi convidada para abrir o desfile da Forum. ?Foi a experiência mais emocionante da minha carreira?.

De choro a escorregão na passarela

Também em um desfile do Ronaldo Fraga a modelo ficou de coração apertado. Ela conta que entrou na passarela vestida de noiva, segurando lencinhos para parecer que estava chorando. E o roteiro se tornou mais do que real. ?Era mês de agosto, mês que eu tinha perdido meu irmão há alguns anos. Entrei na passarela, me lembrei dele e comecei a chorar, de soluçar?, disse. A top nunca caiu durante um desfile, mas deve o recorde a uma colega de trabalho. ?Era para a M. Officer e o Tunga (artista) tinha feito uma obra com ?gelecas?. Escorreguei e outra modelo me segurou?, lembrou.

?A gente jogava baralho e fazia teatro?

Os tempos no mundo fashion mudaram, disse Isabella. ?Antes a gente era mais inocente, mais lúdicas, a relação entre as modelos era diferente. A gente era uma família, jogava baralho e fazia peças de teatro enquanto o desfile não começava. Era mais legal?, contou. Para a top, ser modelo hoje é mais ?business?. ?Está mais profissional. As modelos têm acesso à moda internacional, usam as grifes mais famosas do mundo, as roupas mais lindas, cada uma tem a sua vida e as suas coisas?, disse.