A baleia franca encalhada em uma praia de Laguna, no litoral sul de Santa Catarina, morreu na madrugada desta terça-feira (14), depois de passar por um novo procedimento de eutanásia. Ela recebeu dosagens altas de medicamentos diferentes do que havia recebido e resistido na primeira tentativa, que ocorreu na última sexta-feira (10).
Segundo assessoria de imprensa do Projeto Baleia Franca, foram duas horas de procedimento até a morte da baleia. A primeira dosagem aplicada foi de sedativo, para que o animal não sofresse. Em seguida, foram aplicados os medicamentos para eutanásia. A baleia morreu por volta da 1h30 da manhã.
Maré seca
Os medicamentos esperados para esta terça acabaram chegando na noite desta segunda, e como a maré estava seca, a equipe de veterinários e biólogos decidiu realizar o procedimento ainda durante a madrugada.
Na manhã desta terça, dois tratores já começaram o trabalho de reboque. A baleia vai ser puxada para a areia, onde vai ser realizada a necropsia. O enterro da carcaça, num campo de dunas da região, deve acontecer daqui a dois dias.
Histórico
A baleia franca encalhou em 7 de setembro. Ela foi encontrada por pescadores, que acionaram a Polícia Ambiental. O animal media 15 metros e pesava cerca de 40 toneladas.
Tentativas de resgate com embarcações foram analisadas pelas equipes de veterinários, biólogos e instituições que estavam no local, mas, devido ao estado do mamífero e os riscos de resgate, tanto para as embarcações como para a baleia, o desencalhe foi descartado na quinta-feira (9).
No mesmo dia, o animal entrou em estado de choque, com baixa frequência respiratória e pouco reflexo na pálpebra do olho direito.
Na sexta (10), foi decido e realizado o primeiro procedimento de eutanásia. A baleia resistiu à sedação.
Durante o fim de semana, os sinais vitais do mamífero continuaram fracos e inalterados. A pele da baleia começou a sangrar devido ao atrito com a areia.
A decisão por um novo procedimento de eutanásia ocorreu no domingo (12), depois que a equipe de veterinários e biólogos percebeu que os sinais vitais do animal permaneciam fracos e inalterados.