O filme documentário de longa-metragem Death Protocol (Protocolo da Morte) do cineasta brasileiro André Di Mauro, foi qualificado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood como um dos filmes que irão participar da corrida do Oscar 2021 em 3 categorias diferentes: Documentary Feature (Melhor Documentário de Longa-Metragem), Original Score (Melhor Trilha Sonora) e Original Song (Melhor Música Original) com a música Protocol interpretada pela cantora americana Savannah Moon e pelo músico e compositor brasileiro que vive em Los Angeles Daniel Figueiredo. Este é o segundo ano consecutivo que o cineasta André Di Mauro tem um filme concorrendo no Oscar, ano passado o documentário Humberto Mauro – Cinema é Cachoeira sobre a vida e obra de seu tio-avô o cineasta pioneiro Humberto Mauro dirigido e produzido por ele também esteve na disputa do Oscar na categoria Documentary Feature (Melhor Documentário de Longa-Metragem).
A Pandemia
O documentário Death Protocol (Protocolo da Morte) foi criado durante este período da pandemia do Coronavírus e trata do tema da "intubação orotraqueal precoce". O filme conta com depoimentos e a experiência de médicos especialistas que atuaram na linha de frente do combate ao Covid-19 como o Dr. David A. Farcy (Diretor do Mount Sinai Medical Center em Miami e ex-presidente da Academia Americana de Medicina de Emergência), Dr. Cameron Kyle-Sidell (Médico intensivista de Nova York), Dra. Margareth Dalcolmo (Médica pneumonologista e pesquisadora da Fundação Osvaldo Cruz / Fiocruz), Dr. Daniel Fonseca (Diretor Clínico do Hospital Samel), Dr. Manuel Amorim (Coordenador de Fisioterapia do Hospital Samel) e o Dr. Luis Alberto Nicolau (CEO da Samel Health Care). Este grupo da Samel foi responsável pela criação e difusão da "Cápsula Vanessa" invento brasileiro desenvolvido em parceria com o Instituto Transine que possibilita a terapia com ventilação não invasiva evitando as intubações e assim salvando milhares de vidas.
Em cartaz na plataforma Sala de Cinema
Por causa das restrições impostas pela segunda onda da pandemia do coronavírus o filme esta sendo exibido na sala de cinema virtual da plataforma Sala de Cinema por decisão da produção o acesso ao filme está liberado de forma gratuita e é permitido divulgar e compartilhar o link.
Sinopse – Protocolo da Morte x Protocolo da Vida
Este filme documentário foi feito durante a pandemia do Covid-19 e trata do “protocolo de intubação precoce” indicado no início da pandemia pela OMS e seguido por médicos em todo o mundo como procedimento para o tratamento dos pecientes com problemas respiratorios. O protocolo foi criado a partir da experiência dos Chineses que apresentaram pesquisas indicando que as terapias com ventilação não invasiva, normalmente usadas em pacientes com doenças respiratorias agudas graves, estaria contaminando os profissionais de saúde por causa dos aerossois liberados durante os procedimentos e por isso seria indicado a intubação orotraqueal de forma precoce. No filme médicos e especialistas contam suas experiências e aprendizado em relação ao tema e apresentam opções como a "Cápsula Vanessa” criada pelos profissionais do Hospital Samel e Instituto Transine que permitem o tratamento dos pacientes com ventilação não invasiva e, ao mesmo tempo, garantindo a segurança ods profissionais de saúde. Com o passar do tempo muitos médicos perceberam que a intubação e a ventilação mecânica poderiam estar causando mais mal do que cura para os pacientes e começaram a questionar este protocolo. Em alguns casos a intubação é necessária mas somente como ultimo recurso e não de forma precoce como era indicada no inicio da pandemia. Pesquisas apontaram que o índice de mortalidade da intubação em pacientes com Covid-19 gira em torno de 80% e no caso dos idosos o índice de mortalidade é 97%. Além de todas as sequelas que ficam naqueles que conseguem sobreviver à intubação. Apesar de todas as evidências que mostram os perigos do uso da ventilação mecânica e da intubação, mesmo com todas as pesquisas, com todos os equipamentos criados para ventilação não invasiva, infelizmente, até hoje muitos médicos, hospitais e fisioterapeutas respiratórios ainda seguem o ultrapassado protocolo de entubação orotraqueal precoce, entubando as pessoas e as levando à morte. Autoridades internacionais como o Dr. David Farcy ex-presidente da Americam Academy of Emergency Medicine propõe um novo protocolo baseado em pesquisas e experiências com ventilação não invasiva de alto fluxo. O filme é um grito de alerta, um painel dinâmico e humano sobre este triste capítulo da história da raça humana, que tem como missão não somente documentar os fatos mas chamar a atenção para a necessária mudança de protocolo, substituindo este que foi considerado por muitos como o “protocolo da morte” pelo “protocolo da vida”.
Científico mas cinematográfico
Apesar de se tratar de um tema científico/médico a linguagem cinematográfica escolhida pelo diretor André Di Mauro é imagética e metafórica fugindo dos padrões dos filmes documentários tradicionais. O filme apresenta uma narativa sensorial onde as imagens e as músicas dialogam com o conteúdo científico apresentado pelos médicos e especialistas de uma forma subjetiva. O contraste entre a morte na pandemia e a natureza pulsando e transbordando vida.
Equipe principal
O cineasta André DI Mauro assina a direção, roteiro e montagem e contou com a parceria da Music Solution, empresa dos músicos Daniel Figueiredo, Luiz Helenio e Júlio Cesar que compuseram a trilha sonora original do filme que esta concorrendo ao Oscar na categoria Original Score. A música tema "Protocol" que também foi qualificada para disputar o Oscar na categoria Original Song teve a letra criada por André Di Mauro, Daniel Figueiredo e pela cantora e compositora americana Savannah Moon, a melodia e arranjo são de Daniel Figueiredo e a interpretação ficou por conta de Savannah Moon. O filme é produzido pela produtora DiMauro Filmes situada no Rio de Janeiro.
Biografia do Diretor:
André Di Mauro é diretor, roteirista, ator e produtor tem um currículo multidisciplinar com mais de 40 anos de experiência no cinema, no teatro e na TV. Participou de mais de 50 obras audiovisuais entre filmes, novelas e séries. Fundador do primeiro curso superior de cinema da cidade do Rio de Janeiro na UNESA onde, trabalhou como Diretor Acadêmico e Professor de Realização Cinematográfica. Escritor e dramaturgo premiado é o autor do livro Humberto Mauro, O Pai do Cinema Brasileiro que serviu de base para o documentário Humberto Mauro – Cinema é Cachoeira escrito e dirigido por ele. O filme estreou no 75º Festival Internacional de Cinema de Veneza, e participou dos principais festivais nacionais e internacionais como Festival de Gramado (indicado melhor documentário brasileiro), Festival do Rio, Festival de Brasília, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e representou o Brasil no Festival Internacional de Cinema de Rotterdam, Festival de Cinema de Havana, Play-Doc Film Festival – Espanha onde ganhou o Prêmio de Melhor Filme entre dezenas de outros importantes festivais e o filme Humberto Mauro – Cinema e Cachoeira foi inserido na seleta lista da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas como um dos concorrentes ao Oscar 2020 de Melhor Documentário. E agora em 2021, pelo segundo ano consecutivo, André Di Mauro desponta com um filme realizado por ele, Death Protocol (Protocolo da Morte) entre os documentários qualificados pela Academia de Hollywood para concorrer ao Oscar 2021 de Melhor Documentário e ainda nas categorias Original Score e Original Song com a música tema Protocol.