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Programa Incrível da Rede Meio Norte viaja de Teresina ao litoral sobre as águas do Parnaíba

A equipe navegou pelo Baixo Parnaíba, da foz do rio Poti, no encontro das águas em Teresina, ao Oceano Atlântico Equatorial

O telespectador da Rede Meio Norte vai conferir hoje, às 23h, o primeiro programa da série Ecoaventuras no programa Incrível. O programa segue no domingo, às 15h. Durante a temporada de férias, até o dia 28 de julho, nos sábados e domingos da Rede Meio Norte, o público pode ver as séries inéditas no Incrível.

Segundo Alcide Filho, o primeiro e o segundo episódios vão mostrar as emoções vividas por uma expedição de Jet Skus turbinando pelas águas do Parnaíba. Ao todo, serão seis episódios que serão mostrados na telinha da Rede Meio Norte.

Um grupo com mais de 45 participantes saiu de Teresina, passou pela entrada do Delta e seguiu em frente até o Litoral. São 48 horas na trilha das águas. A equipe navegou pelo Baixo Parnaíba, da foz do rio Poti, no encontro das águas em Teresina, ao Oceano Atlântico Equatorial.

?Foram mais de 450 Km de emoções pelas águas do Velho Monge, um rio que não separa, mas une o Piauí ao Maranhão. No total, 30 máquinas: 27 jets e 3 jetboats seguiram rio abaixo?, explica.

A proposta é fortalecer o companheirismo, chamar a atenção para a importância do rio Parnaíba, resgatar sua histórica navegabilidade e manter contato com as populações ribeirinhas. A primeira etapa da aventura começou com a partida em Teresina e prosseguiu até Miguel Alves.

Em Miguel Alves, a Expedição Teresina ao litoral encontrou população ribeirinha. ?Assim cumpria-se um dos objetivos da ecoaventura: a confraternização.

Fragmentos das memórias são reunidos. Começamos a montar um painel de resgate da história da navegabilidade do rio Parnaíba e sua importância na economia do Estado?, comenta.

De Miguel Alves, a turma foi à cidade de Porto. ?Cada vez mais compreendemos o quanto o Parnaíba faz parte de nossas vidas. Tudo está ligado a tudo: as águas do rio, sua bacia hidrográfica espalhada pelas várzeas e chapadas, as matas ciliares de suas margens e a degradação exposta nas coroas de areia que aterram o rio. Estas são linhas de uma mesma conexão da qual fazemos parte?, comenta Alcide.

A equipe saiu de Porto e no meio do percurso das águas enfrentou uma tempestade equatorial, com direito a raios e trovões. Depois do desafio, chegou ao município de Madeiro, passou por Luzilândia para abastecimento e revisão e assim chegou à Ponte do Jandira.

?O rio Parnaíba anuncia seu encontro próximo com o mar. O rio sobe e desce com o nível das marés. assim, passamos direto pela entrada do Delta. Nosso destino está mais adiante, nas praias do litoral.

Mas antes navegaremos pelas águas de um rio que abraça o mar. Alcançamos o braço do rio Igaraçu e passamos pelo histórico Porto das Barcas de Parnaíba, a capital do Delta. Emoções e belezas no cenário do Porto da Amarração, em Luís Correia?, diz.

Margem do rio deve ser mantida intacta

No leito do Parnaíba correm anualmente 20 bilhões de metros cúbicos de água. Divididos pela população do Estado, seriam seis mil, seiscentos e sessenta metros cúbicos de água para cada piauiense. Com o exagerado consumo individual de mil litros dia por pessoa, haveria água suficiente para 18 anos seguidos.

O leito dos rios, como o Parnaíba, é amparado por suas margens. São as árvores que sustentam, com suas raízes fincadas na terra, como se fossem pilares de contenção, o efeito permanente da erosão das águas.

A proteção das margens com a manutenção da mata de galeria é uma determinação assegurada por Lei Federal: no caso do Parnaíba, toda a vegetação em uma faixa correspondente a pelo menos a distância da metade da largura do rio deveria ser mantida intacta e permanentemente reflorestada.

O rio Parnaíba é uma das doze regiões hidrográficas do Brasil. Sua bacia, com 344.112 km² de captação, abrange mais de 95% do território do Piauí, parte do Estado do Maranhão e uma pequena área do Ceará.

O vale do rio Parnaíba possui mais de três mil quilômetros de rios perenes, centenas de lagoas e um tesouro avaliado em dez bilhões de metros cúbicos de água doce armazenados anualmente no subsolo do Nordeste.