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Prestes a lançar biografia, Alexandre Frota diz: "Fazia sexo com cocaína"

Ator fala das fases polêmicas como seu envolvimento com drogas, do casamento com Claudia Raia e da noite de amor com Marília Gabriela.

Ator do primeiro time da TV Globo na década de 80, marido de Claudia Raia, ator pornô, participante de reality show, drogado, polêmico e encantador. Todos esses são Alexandre Frota e todos eles foram revistos para a biografia "Identidade Frota: A estrela e a escuridão", que vai ser lançada em outubro, quando ele completa 50 anos.


Prestes a lançar biografia, Alexandre Frota diz:

Prestes a lançar biografia, Alexandre Frota diz:

"Acho importante que saibam a verdadeira versão das coisas. De um cara que foi o tempo todo julgado, questionado, criticado, que teve e ainda tem que provar algo. Fui filho da puta com minha vida, mas a vida também foi muito filha da puta comigo", diz ele sobre o depoimento dado ao jornalista Pedro Henrique Peixoto e que vai ser lançado pela BB Editora.

Pelo livro, Frota já recebeu R$ 150 mil, mas promete doar 50% da renda obtida com a venda para o GRAACC - instituição que cuida de crianças com câncer - e os outros 50%, para uma instituição de ex-viciados em drogas.

Sobre a parte do encantandor, quem afiança é o autor do livro, que também quer transformar a obra em documentário. "Trabalhar com o Frota foi muito tranquilo, o livro não é chapa branca. Ele não está preocupado em reabilitar sua imagem. Antes do trabalho, o via como uma fortaleza. Agora vi também suas fraquezas, contradições e angústias. É um ser humano procurando respostas e muito corajoso em se expor da forma que está no livro", diz Pedro Henrique.

Como surgiu a ideia de escrever o livro?

Partiu de uma conversa com o Pedro Henrique Peixoto, que é diretor e roteirista de TV. Eu vinha amadurecendo a ideia há algum tempo, muitos amigos me incentivavam a fazer o livro. Minha história é muito forte, de superação, de dar a volta por cima. Querendo ou não, passei por muitas coisas na vida. O livro não é um guia, mas poderá alertar muito as famílias sobre o envolvimento com as drogas e que existe, sim, luz no fim do túnel.

Você vai completar 50 anos. Acha esse um bom tempo para fazer um balanço de vida com uma biografia ou acha que merece pela vida intensa que viveu?

Pela minha vida intensa. Eu não esperava estar aqui para contar essa história aos 50 anos. Estou fazendo este livro, pois acho importante que realmente saibam a verdadeira versão das coisas. De um cara que foi o tempo todo julgado, questionado, criticado, que teve e ainda tem todo dia que provar algo. É impressionante como a inveja, a traição, junto com o sucesso, caminharam juntos a minha vida inteira. Como minhas escolhas incomodaram. Fui filho da puta com minha vida, mas a vida também foi muito filha da puta comigo.

Foi viciado em quê?

Usei cocaína por 13 anos. Para mim, ao contrário dos outros homens, era a droga do sexo. Fazia muito sexo com cocaína. Mas nesses 13 anos parei diversas vezes: um ano, seis meses, três meses, uma semana. Prometia que ia parar, mas abortava a situação. Gostava de ficar trancado em hotel, ou em casa, sempre junto com uma mulher. Sempre. De 2003 a 2006 foi a vez da droga do amor: a bala ou ecstasy. Também fumei maconha até 18 anos, mas não gostava muito do bode que dá. Nunca usei heroína. Fui um usuário controlado, mas sem vergonha. Sabia que estava me matando.

Você costuma ser visto como polêmico, de fazer as coisas para chocar, aparecer. Esse livro seria mais uma movimentação nesse sentido?

Se você olhar como foi minha vida, não me julgaria agora (risos). Você vai ver que tive, sim, que aparecer na marra. Tive que lutar, criar, ficar vivo, buscar meu lugar ao sol. A polêmica me acompanhou porque sou autêntico e isso incomoda. Não fiz acordos, não fiz politicagem, falei o que quis, como quis. Vivi como eu quis. Fui apunhalado sempre pelas costas, nunca pela frente. Sobre chocar, as coisas que fiz chocaram porque me entreguei. Estava por inteiro. Aí choca. Não é uma movimentação, é um registro de vida, um relato real.