Na busca por uma vaga para o filho em uma escola perto de casa, uma moradora de São José dos Campos, a 99 km de São Paulo, decidiu chamara a atenção se acorrentando a um banco da escola. Ela diz que espera por uma vaga no local para o filho há quatro anos.
Raquel de Almeida tem um filho de 11 anos, que estuda em uma escola que fica a pelo menos 6 km de sua casa. Ela diz que, por causa de um problema neurológico, ele não pode andar de ônibus sozinho. ?Ele tem um atraso de aprendizagem, ainda não conhece dinheiro muito bem, se perde no meio das pessoas. Ele não sabe ir à escola sozinho?, explica Raquel.
Até o ano passado ela pagava uma van para levar o filho à escola. ?Estou desempregada, meu marido também, ele faz bico, o que a gente ganha só da para comer. Não tenho como pagar R$ 100 para uma van?, contou.
Esse ano, o filho de Raquel ficou em 32° lugar na lista de espera por uma transferência para a Escola Municipal Ruth Nunes, no bairro onde a família mora. Desde o início do ano vários alunos foram chamados; ainda são 12 na frente dele.
?Existe um critério de distância, quem mora mais perto da escola tem prioridade. Esse sofrimento da mãe a gente entende, mas não podemos concordar com ela se acorrentar?, afirma o Secretário de Educação, Alberto Marques Filho.
A orientação do Secretário de Educação é que Raquel solicite à escola estadual onde o filho estuda o transporte especial. A escola então repassará o pedido à prefeitura.