Lembra quando na abertura do velho (e bom desenho) dos Flintstones Fred ouvia o sinal no local de trabalho, gritava seu Yabadabadu e corria para casa feliz e contente? Quando criança não podíamos entender essa sensação de júbilo do pai de família, mas depois de adulto descobrimos que era a representação máxima do começo de um fim-de-semana (que no Brasil vai de sexta à noite até a música do Fantástico no domingo).
Agora, pesquisadores do departamento de psicologia da Universidade de Rochester nos Estados Unidos, estudaram atentamente o chamado "efeito fim-de-semana" e descobriram que são nesses dois dias que as pessoas se sentem mais completas, realizadas, saudáveis e até mesmo mais eficientes.
Segundo um dos líderes do projeto, as pessoas tem de entender que é o período que provê condições críticas de laços com outras pessoas, exploração de interesses e relaxamento, necessidades psicológicas básicas para qualquer pessoa e assim ninguém deveria se atulhar de trabalho nesses dias.
Por três semanas, 74 adultos entre 18 e 62 anos, que trabalham mais de 30 horas por semana, foram monitorados três vezes ao dia. Ao serem bipados, eles deveriam preencher um curto questionário descrevendo sua atividade naquele momento e usando uma escala de um a sete, classificavam-nas, levando em conta sentimentos positivos como prazer e felicidade, assim como negativos como estresse, raiva e depressão. Efeitos físicos como dor de cabeça, problemas digestivos e respiratórios e falta de ânimo também eram anotados.
No final, o resultado mostrou que homens e mulheres sentem-se bem melhor nos fins de semana, independente de quanto dinheiro ganham, quantas horas trabalham, nível de educação, status marital etc. E um dos motivos principais para essa boa sensação é a liberdade de escolher o que quer fazer e não se sentir forçado em entrar em ocupações só por obrigação. E mais, os participantes declararam que nesses dias, acabam sendo mais eficientes em suas tarefas.
O estudo completo sairá na edição de janeiro do periódico Journal of Social and Clinical Psychology e os autores esperam que levante questões em como o ambiente pode ser mais estruturado para focar no bem estar dos trabalhadores.