Dona de um estilo que mistura vestidos e corsets para deleite do público masculino, mas também alvo das críticas dos especialistas de moda, a cantora Paula Fernandes resolve a polêmica em um dedinho de prosa, que combina com a cidade natal de Sete Lagoas (MG).
"Tenho meu estilo. O mais importante sempre foi me sentir bem com o que estou me vestindo", diz "Pulinha", como é tratada carinhosamente por amigos. Neste sábado (25), ela apresenta o repertório do trabalho mais recente, "Meus Encantos", no Chapéu Brasil, em Sumaré (SP).
Se as roupas aproximam-se da malícia, a cantora apega-se à ingenuidade da infância na Serra do Cipó (MG), quando os poucos brinquedos eram substituídos pela diversão em subir nas árvores, e descarta os convites para posar nua em revistas masculinas. "Nunca farei nada que não tiver a ver comigo e minhas verdadeiras origens", explica a cantora. O bom-humor é retomado na sequência, quando fala do aniversário de 28 anos que irá comemorar na terça-feira (28).
"Não tenho medo de envelhecer, faz parte da vida de qualquer pessoa", pondera. Ao invés de pensar em presentes, opta pelo reconhecimento aos que acompanham a sua trajetória há 19 anos, que inclui desde o violão comprado pelo pai e a superação de um quadro de depressão na juventude. "Nunca devemos desistir dos nossos sonhos. Sou a prova viva de que é possível", define Paula, que nunca fez aulas de canto.
Política & novela
Eleitora de Contagem (MG), a cantora acha graça quando suas músicas são usadas como jingles de candidatos a vereador ou prefeito em todo o país. "Gosto de política, mas nunca me aprofundei no tema", conta.
Paula diz que aceita receber dos fãs "a honra" de ser considerada rainha do sertanejo ou nova namoradinha do Brasil, mas recusa apontar quem é o rei na disputa entre Luan Santana, Michel Teló e Gusttavo Lima. "São cantores maravilhosos e muito talentosos, difícil escolher. Vou deixar os fãs decidirem", diz aos risos.
Ao adiantar que um novo DVD deve ser lançado até o fim do ano, ela surpreende quando fala da chance de atuar na televisão ou novela. O papel ideal, imagina, fica distante das letras românticas. "Seria muito bacana, gostaria de fazer um papel de vilã...Mas light, não precisava ser uma Carminha", diverte-se ao falar do personagem de Adriana Esteves, na novela Avenida Brasil.
Carreira
Com rotina marcada por viagens e ao menos 20 shows mensais, Paula assume que está complicado encontrar um namorado. "No momento estou focada no trabalho e carreira. Na hora certa vai acontecer", pondera.
Quando trata do espaço conquistado por suas músicas no Brasil e exterior, a cantora aponta dois nomes com quem espera dividir os palcos: Djavan e o cantor norte-americano John Mayer, famoso por canções como "Queen of California" e "Shadow Days".
"Quero poder me apresentar lá fora também, pois será a realização de mais um sonho", revela ao lembrar que fará turnê pela Europa em setembro. Sem encarar o tempo como adversário, Paula imagina qual canção ficará marcada para as próximas gerações. "Pássaro de Fogo é uma das candidatas", diz sobre os versos que tratam de uma "alma viajante e um coração independente".